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Lupi critica promessa de salário mínimo de 600 reais

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirma que, pela lei atual, o reajuste para 2011 será de 28 reais, para 538 reais

Por Da Redação
19 out 2010, 13h04

“Quem decreta o salário mínimo é o atual presidente. As pessoas prometem aquilo que não podem fazer”, apontou o ministro

Sem citar nomes, o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi, alfinetou nesta terça-feira o candidato tucano à Presidência da República, José Serra (PSDB), que promete um salário mínimo para o próximo ano de 600 reais. O valor seria maior que o que está previsto para ser aprovado pelo Congresso Nacional. “Quem calcula, quem decreta o salário mínimo é o atual presidente. As pessoas prometem aquilo que não podem fazer. (Elas) deveriam fazer revisão de suas promessas”, afirmou.

O ministro ressaltou que o salário mínimo de 2011, por força da lei atual, será reajustado com base no Produto Interno Bruto (PIB) do País (recuo de 0,19%) e da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 5,52%, em 2009. “Assim, dos 510 reais atuais, passará para 538 reais, no mínimo, dependendo do que o Congresso discutir”, afirmou. O ministro salientou que o tema deverá ser votado logo após o recesso branco parlamentar do Congresso.

Lupi enfatizou que, para 2012, quem quer que seja o presidente, o reajuste do salário terá de levar em conta o crescimento do País e a inflação deste ano, respectivamente de 7,55% e de 4,87%, de acordo com a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central (BC) com o mercado financeiro. “Assim, o aumento será de 12,79% por força da lei. Independente da vontade deste ou daquele, será de 606,98 reais”, afirmou.

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O ministro ressaltou que a única forma de ampliar o salário para 2011 é com uso maciço de emendas pelo PSDB. “O PSDB poderá votar majoritariamente. Nunca fez isso, mas quem sabe? Sejam tomados por um fervor cívico…”, ironizou. “As pessoas não devem enganar a população”, disse.

O ministro admitiu que o salário mínimo não atende às necessidades básicas da população e defendeu a continuidade do aumento, mas com “bom senso”. “O salário mínimo pode e precisa ser mais? Sim, mas dentro do bom senso, do equilíbrio”, afirmou. Segundo o ministro, este será um dos assuntos que estarão na pauta de uma reunião desta terça-feira com as centrais sindicais, em Brasília. “O salário mínimo não cumpre as necessidades da população, mas tivemos mais de 64% de reajuste acima da inflação (de 2003 a 2010)”, argumentou.

Recorde – O ministro do Trabalho e Emprego também afirmou que, apesar de a geração de empregos formais de setembro não ter batido recorde para o mês, conforme previa, novembro e dezembro trarão os melhores resultados para o mês. “Vamos ultrapassar um pouquinho os 2,5 milhões de empregos gerados em 2010 – o melhor ano de geração de emprego da história do Brasil”, previu.

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Lupi negou que o resultado de setembro, quando foram criados 246.875 postos com carteira assinada, já represente uma desaceleração do nível de emprego, conforme esperam alguns analistas. “É efeito sazonal, principalmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás”, argumentou. Ele previa que o resultado de setembro fosse o melhor para o mês da história. “Nem sempre a gente acerta “, justificou.

Para o ministro, outubro e novembro poderão registrar recordes para os meses em questão porque a tendência do setor de serviços, o que mais emprega no País, é de crescimento na esteira das festas de final de ano. “Estamos com crescimento da economia em todos os setores”, observou. Nesses meses, segundo ele, além do varejo e do atacado, os serviços de hotelaria também costumam apresentar aumento de contratações.

(com Agência Estado)

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