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Lucro da Oi salta 392,2% no 3º trimestre ante o 2º

Segmento residencial e serviços pós-pagos impulsionam resultado; companhia aguarda decisão da CVM sobre pedido de expurgo do ágio da BrT

Por Da Redação
14 nov 2012, 11h35

A operadora Oi registrou lucro líquido consolidado de 315 milhões de reais no terceiro trimestre de 2012, o que representa alta de 392,2% na comparação com o segundo trimestre. De acordo com a companhia, o lucro líquido de julho a setembro não é comparável com o mesmo período de 2011 devido à reorganização societária que foi concluída em 27 de fevereiro deste ano.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da operadora foi de 2,18 bilhões de reais no terceiro trimestre, com queda de 11,4% ante igual período de 2011 e aumento de 2,1% na sobre o segundo trimestre. A margem Ebitda caiu 4,6 pontos porcentuais na comparação anual, para 31%, mantendo-se estável em relação ao segundo trimestre de 2012.

A receita líquida da Oi subiu 1,5% de julho a setembro sobre o mesmo período do ano passado, para 7,041 bilhões de reais. Na comparação com igual intervalo do ano passado, houve avanço de 1,9%.

Lucro sem BrT – O lucro líquido acumulado pela Oi em nove meses soma 724 milhões de reais. Porém, o diretor de Relações com Investidores, Alex Zornig, destacou que, sem os efeitos da mais valia da compra da Brasil Telecom (BrT) em 2009, o resultado chegaria a 1,37 bilhão de reais. “É esse o valor que entra no caixa”, disse.

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A Oi solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em agosto o direito de a empresa deixar de colocar na conta de resultado financeiro o ágio de 9 bilhões de reais pago na aquisição da BrT. Com isso, ela passaria a colocar diretamente na conta do Patrimônio Líquido. Ainda o resultado operacional e, consequentemente, o lucro deixariam de ser impactados negativamente pela amortização do ágio.

Segundo Zornig, a CVM deve analisar o pedido até o fim do ano para que a Oi possa expurgá-lo do balanço de 2012. Caso isso não ocorra, o balanço será fechado com um lucro menor do que poderia ter sido.

A empresa garante que isso não afeta os dividendos pagos aos acionistas, já que se trata de um efeito puramente contábil. Caso o pedido da Oi seja negado pela CVM, o efeito da reestruturação continuará aparecendo no balanço da companhia até 2017. No lucro do trimestre, a redução causada pelo efeito contábil foi de 273 milhões de reais.

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Pós-pago avança – A Oi registrou avanço de 18,4% nas unidades geradoras de receita do serviço pós-pago, em ritmo superior ao observado no pré-pago, de 10,7%. Segundo a empresa, as unidades geradoras de receita como um todo no segmento de mobilidade subiram 11,7%, para 45,5 milhões de acessos. Deste total, 39,4 milhões estão no pré-pago e 6,08 milhões, no pós.

A receita de serviços de mobilidade somou 1,56 bilhão de reais no terceiro trimestre, com alta de 7,4% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, este desempenho foi impulsionado pela maior receita com assinatura, impactada pelo aumento na base de clientes do pós-pago; aumento na receita de tráfego, como consequência da alta da base de clientes pré-pagos; e pelo incremento da receita com o serviço de 3G.

A receita líquida do serviço de uso de rede na área de mobilidade atingiu 608 milhões de reais no referido período, com queda de 1,5% no comparativo com o terceiro trimestre do ano passado. O desempenho anual deve-se ao reajuste das tarifas de interconexão com terminação móvel (VU-M).

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Os materiais de revenda na área de mobilidade registraram faturamento de 135 milhões de reais, ante 11 milhões de reais do terceiro trimestre do ano passado. “O aumento da receita líquida foi impulsionado pela venda de aparelhos celulares iniciada em 2012.”

A receita média por usuário (Arpu, em inglês) do segmento de mobilidade encerrou o terceiro trimestre em 22,2 reais, ante 21,4 reais do segundo trimestre deste ano e de 21,6 reais do terceiro trimestre do ano passado. “Tal desempenho reflete a evolução do mix pós-pago sobre a base total”, destacou a empresa.

Residencial – O segmento residencial apresentou queda de 3,8% na receita líquida na comparação com o mesmo período do ano passado, mas expansão de 1% sobre o segundo trimestre, para 2,49 bilhões de reais. O número de unidades geradoras de receitas desse segmento subiu 1,7% no terceiro trimestre sobre igual período do ano passado, para 18,1 milhões de acessos.

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A maior expansão ficou por conta da TV paga, com alta de 75,1%, para 604 mil; seguido por banda larga fixa, com aumento de 16,8%, para 4,9 milhões, ambos na comparação do terceiro trimestre sobre igual intervalo de 2011. Já as linhas fixas em serviços recuaram 5%, para 12,6 milhões.

O Arpu do segmento residencial teve alta de 1,2% no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado e de 2% ante o segundo trimestre, para 65,8 reais. “A receita líquida do segmento residencial consolidou a trajetória de crescimento trimestral e continua reduzindo significativamente a queda anual, principalmente pelos impactos positivos da receita dos produtos de banda larga e TV paga, aliados à redução significativa dos desligamentos da telefonia fixa.”

A receita líquida no segmento empresarial e corporativo somou 2,13 bilhões de reais, com alta de 1,5% sobre o mesmo período do ano passado. O número de unidades geradoras de receitas deste segmento cresceu 15,6%, para 8,7 milhões. Desse total, houve alta de 36,5% no móvel, 12,2% em banda larga e 7,3% em fixa.

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O presidente da Oi, Francisco Valim, destacou que a receita líquida de serviços da empresa cresceu pela primeira vez em dois anos e meio neste terceiro trimestre. Ele atribuiu o resultado à reversão das perdas em Unidades Geradoras de Receita (UGRs) no segmento residencial, que cresceu 1,7% após perdas desde o primeiro trimestre de 2011. O movimento foi puxado pela desaceleração da queda da base de telefonia fixa, manutenção do ritmo de crescimento da banda larga e aceleração de TV por assinatura.

O gasto médio por usuário (Arpu) residencial chegou a 65,8 reais, acima dos 64,5 reais do segundo trimestre. “Estamos conseguindo não só reduzir a perda do fixo, mas mais que compensar isso com banda larga e TV”, disse Valim, em entrevista à imprensa.

(com Estadão Conteúdo)

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