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Limão lidera o ranking dos alimentos que mais caíram de preço no início de janeiro

Alguns produtos ajudaram o IPCA-15 de janeiro a não decepcionar ainda mais os analistas, que esperavam deflação da prévia da inflação oficial

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jan 2025, 12h23

Com uma queda de 26%, o limão foi o alimento que mais baixou de preço na primeira quinzena de janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o IPCA-15 do mês, considerado a prévia da inflação oficial.  A alta de 0,11% do índice marcou uma desaceleração sobre o 0,34% de dezembro, mas insuficiente para contentar o mercado. Isto, porque os economistas projetavam uma leve deflação de 0,01% – comportamento, portanto, oposto ao verificado.

Enquanto a abobrinha foi a campeão disparada de alta, com um salto de 22%, o limão e outros produtos impediram que o resultado geral fosse ainda pior. O abacate ficou em segundo lugar, com queda de 15%, e a batata-inglesa completa o pódio com recuo de 14%.

Alimento Queda em janeiro (em %)
Limão -26%
Abacate -15,1%
Batata-inglesa -14,1%
Melão -6,3%
Peixe-palombeta -5,8%
Peito de frango -5,4%
Banana-maçã -4,5%
Laranja-lima -3,6%
Leite condensado -2,4%
Couve-flor -2%

O peso dos alimentos no IPCA-15 joga ainda mais pressão sobre Lula e a equipe econômica. Nesta semana, o governo iniciou uma mobilização para estudar medidas para conter a inflação dos alimentos. Nesta sexta-feira 24, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente e outros ministros se reúnem para avaliar sugestões.

O caso já causou faíscas na comunicação de Brasília, após o chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmar que o governo estudava “intervenções” para conter os preços. A declaração gerou péssimas repercussões, já que o termo é associado às medidas desastrosas de governos passados que, nos anos 1980 e 1990, tentaram segurar a alta dos alimentos com medidas heterodoxas, como o congelamento e o tabelamento de preços. A reação levou Costa a afirmar, horas depois, que havia se expressado mal e, para encerrar a polêmica, estava trocando a palavra “intervenção” por “medidas”.

Ontem, Haddad também veio a público parar desmentir boatos de que o governo pode usar medidas fiscais, como isenções e subsídios, para baratear os alimentos. Haddad atribuiu os rumores a operadores de mercado descontentes com a recente queda do dólar e que esperavam que o boato voltasse a pressionar o câmbio, já que a disparada da moeda americana em 2024 deveu-se, em grande parte, à desconfiança dos investidores de que Lula não estaria comprometido, de fato, com o controle fiscal.

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