Lagarde descarta plano de resgate à Espanha
Diretora-gerente do FMI elogia reformas aprovadas por Madri e afirma que tudo o que foi recomendado pela entidade está em implantação
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, descartou nesta quarta-feira um programa de resgate à Espanha salientando que as autoridades já estão fazendo o que foi recomendado pela entidade. ‘Quando vemos o que Espanha realizou e tem vontade de realizar não há muito mais que o FMI poderia pedir’, declarou ao ser questionada sobre um hipotético resgate durante encontro com jornalistas na sede do fundo, em Washington, nos Estados Unidos.
A diretora-gerente reconheceu, no entanto, que estas medidas ‘não estão funcionando’ adequadamente devido às incertezas sobre os rumos da eurozona e preocupações dos investidores com a recessão espanhola.
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Além disso, Lagarde destacou o “sério processo de auditoria” ao qual está submetido o sistema bancário espanhol e considerou adequados os 100 bilhões de euros prometidos pelos membros da eurozona para recapitalizar as instituições financeiras locais.
Em sua última revisão da economia espanhola, o organismo internacional previu uma recessão mais profunda em 2012 e 2013, com contrações do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% e 1,2% – dois e seis décimos a mais, respectivamente, que em suas previsões de abril. Estes cálculos do FMI incluem pela primeira vez as medidas de ajuste de 65 bilhões de euros aprovadas pelo Executivo espanhol em julho.
“Há fatores que estão trabalhando para que a economia espanhola ganhe competitividade, mas ao mesmo tempo há elementos externos que nublam o horizonte, como a incerteza do futuro da eurozona”, explicou Lagarde. Entre esses fatores positivos ela destacou alguns indicadores de competitividade do país.
(com agência EFE)