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Juros recuam sob efeito de clima ruim no mercado externo

Por Da Redação
14 Maio 2012, 12h06

Por Patrícia Lara

São Paulo – Os mercados internacionais mostram pouca parcimônia e sim um agressivo desinteresse para o risco, uma vez que o impasse político na Grécia prosseguia e ampliava a expectativa de saída do país da zona do euro. Nem mesmo a decisão da China de reduzir o compulsório bancário minimizou a forte debandada das ações e commodities. E a curva doméstica de juros reage a essa conjuntura externa com queda das taxas futuras.

Às 11h52 (horário de Brasília), o contrato futuro para janeiro de 2013 cedia a 7,91%, de 7,95% no ajuste de sexta-feira. O contrato para janeiro de 2014 recuava a 8,37%, de 8,47% no ajuste.

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira apontou um quadro defasado em relação ao embutido na curva em termos de expectativas para o patamar da Selic, mas endossa que o juro de um dígito pode continuar em vigor no País até o final de 2013. Os analistas revisaram a previsão de Selic de 10% para 9,5% no final de 2013, enquanto ajustaram a previsão para o corte da taxa nesse ano de 8,5% para 8%.

No exterior, o impasse político na Grécia prosseguia e ampliava a expectativa de saída do país da zona do euro. E mais um guardião do bloco do euro foi igualmente penalizado pela insatisfação da população com as medidas de austeridade. Após os franceses trocarem Nicolas Sarkozy por François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, sofreu, segundo ela própria, uma “derrota amarga” nas eleições regionais de domingo no Estado mais populoso da Alemanha.

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Esse frangalho político europeu gera perdas ao redor de 2% nas três principais bolsas da Europa (Londres, Paris e Frankfurt). Com essa queda da confiança, o petróleo WTI era negociado a US$ 94,48 o barril, com baixa de 1,73%, na Nymex eletrônica, às 11h56. Entre as commodities agrícolas, os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltam a cair. Após o contrato julho da soja fechar em baixa de 3,38% na sexta-feira, esse futuro da commodity perdia 1,92% há pouco.

A soja tem sido uma das principais fiadoras da alta dos IGPs e a Focus apontou uma forte revisão em alta da previsão para as versões desse dado de inflação. A previsão para o IGP-DI subiu de 5,14% para 5,57% em 2012 e de 5,24% para 5,42% no IGP-M deste ano. Para 2013, a perspectiva de alta de 4,90% (IGP-DI) e 5% (IGP-M), respectivamente, foram mantidas.

A pesquisa não indica, porém, que o IPCA será fortemente influenciado por esses aumentos que estão na base da cadeia da produção. No levantamento, a mediana das expectativas para o IPCA neste ano passou de 5,12% para 5,22%. Para 2013, as estimativas caíram de 5,56% para 5,53%. A pesquisa constatou ainda que os analistas trabalham com expansão mais magra da economia. A expansão do PIB em 2012 caiu de 3,23% para 3,20%. Em relação ao câmbio, houve poucas alterações.

Em entrevista no fim de semana ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o juro real vem caindo fortemente no Brasil devido à conjuntura interna e externa. “A Selic vem caindo, levando à significativa redução do juro real, por causa de uma combinação muito específica de fatores internos e externos, e não para agradar à presidenta Dilma”, disse.

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