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JBS rebate BNDES e apoia Wesley Batista na presidência

O BNDES afirmou que vai defender a abertura de um processo de responsabilidade contra os irmãos Batista

Por Da redação
Atualizado em 28 ago 2017, 15h58 - Publicado em 28 ago 2017, 14h15

O conselho de administração da JBS decidiu manter Wesley Batista na presidência do grupo após o BNDES pedir o afastamento do executivo e abertura de processo de responsabilidade contra os controladores por prejuízos causados à companhia.

O BNDES vai defender o afastamento de Wesley na assembleia de acionistas marcada para sexta-feira. A assembleia foi convocada pelo BNDES Participações (BNDESPar), braço de investimento do BNDES. O banco público tem o poder de tomar medida do tipo por ser detentor de mais de 5% do capital social da JBS – o BNDESPar possui 21,32% das ações da empresa.

A JBS definiu como “indesejável” uma ação de responsabilidade contra Wesley Batista. “Há razões concretas que permitem crer que o impedimento do sr. Batista, consequência da ação de responsabilidade contra ele, seria neste momento prematuro e, portanto, prejudicial à companhia”.

Em nota enviada ao mercado, a JBS afirma que está adotando uma série de medidas para assegurar as melhoras práticas de governança dentro da empresa, como a substituição de Joesley Batista por Tarek Farahat no cargo de presidente do conselho de administração. Outras medidas são a implementação do programa de desinvestimentos de ativos para levantar 6 bilhões de reais e a contratação do escritório White & Case LLP para conduzir e supervisionar o programa de compliance dentro da JBS.

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O BNDES defende a contratação de uma auditoria externa e independente para avaliar os danos gerados dos atos ilícitos confessados nos acordos de delação premiada. Em relação ao pedido, a JBS afirmou que aguarda manifestação do Ministério Público para confirmar sua adesão ao acordo de leniência e apenas então pode contratar prestadores de serviços para investigações internas.

Remuneração

Na reunião da próxima sexta-feira, a JBS também vai propor um aumento no valor pago aos seus executivos e criar uma “remuneração variável como forma de incentivo e retenção”, que vai depender dos resultados de médio a longo prazo da empresa. A proposta foi feita pelas assessorias contratadas da JBS, MercerHuman Resource Consulting e Hay Group.

“Faz-se necessário reavaliar a estrutura de remuneração da companhia em razão do aumento das atribuições e frequência das reuniões do conselho de administração como um todo”, afirmou a empresa.

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