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IPCA acelera em outubro e chega aos 4,76% em 12 meses, furando o teto da meta

No mês, indicador ficou em 0,56%, ligeiramente acima da estimativa do mercado, de 0,54%. Alta nos preços da conta de luz e das carnes pesou no resultado

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 nov 2024, 10h24 - Publicado em 8 nov 2024, 09h11

A inflação acelerou para 0,56% em outubro, uma alta de 0,12 ponto percentual em relação aos 0,44% de setembro. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 8. Os números vieram ligeiramente acima da estimativa do mercado, que esperava uma variação de 0,54% no período.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA foi puxado pela alta no grupo habitação (1,49%). No mês, houve a vigência da bandeira vermelha de energia, pressionando o preço da conta de luz, que subiu 4,74% no período. Os alimentos, principal peso na cesta do índice de inflação, também mexeram no bolso do brasileiro. O grupo registrou alta de 1,06%, puxado pela forte alta das carnes, que ficaram 5,81% mais caras.

No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76% — acima do teto da meta, que é de 4,5% para este ano. A desancoragem da inflação é o principal motivo para o ciclo de ajuste monetário promovido pelo Banco Central. Na última reunião, o Copom aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano, e indicou que mais altas estão no horizonte.

Resultado

“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta 7,87 reais a cada 100 kWh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente 4,46 reais”, destaca André Almeida, gerente do IPCA e do INPC.

O grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 1,06%, com aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. “O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, além de um elevado volume de exportações”, explica Almeida. Foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.

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A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,65%, registrou variação superior à de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche acelerou de 0,67% para 0,88%.

Por outro lado, a única queda registrada em outubro veio de transportes, com taxa de -0,38% e -0,08 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi influenciado principalmente pelas passagens aéreas, com queda de -11,50% nos preços e -0,07 p.p. de impacto no índice geral.

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Trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração transporte público (-3,04%) também contribuíram para o número negativo do grupo. O resultado desses subitens é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro.

Em relação aos combustíveis (-0,17%), houve queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular (0,48%) registrou alta.

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas apresentaram resultados positivos em outubro. A maior variação ocorreu em Goiânia (0,80%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (9,62%) e do contra-filé (6,53%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,11%), por conta dos recuos da gasolina (-2,88%) e do ônibus urbano (-6,22%).

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