Inflação dos EUA acelera, vai para 2,9% e se distancia da meta de 2%
Resultado dificulta, mas não deve alterar rota de cortes de juros planejada pelo Federal Reserve
Em meio ao aumento generalizado de tarifas sobre importados promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a inflação do país assistiu a uma aceleração no aumento de preços em agosto. O CPI, o índice de preços ao consumidor, acelerou de 0,2% em julho para uma alta de 0,4% em agosto, de acordo com dados divulgados na manhã desta quinta-feira, 11, pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses foi para 2,9%, ante os 2,7% registrados em julho.
Com o resultado, a inflação ficou ainda mais distante da meta de referência perseguida pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, que é de 2%, o que torna um pouco mais complicada as tentativas do Fed de baixar os juros do país – uma pressão do próprio Trump.
A alta foi influenciada, principalmente, pela inflação da habitação, que avançou 0,4%. Também tiveram aumentos os grupos dos alimentos, com avanço de 0,5% no mês, e de energia, com 0,7%, puxado por um aumento de 1,9% na gasolina no mês.
O núcleo da inflação – uma medida que tira da conta os alimentos e a energia, que são mais voláteis – teve avanço de 0,3% em agosto e, em 12 meses, chegou a 3,1%. Esta é a medida mais observada pelo Fed em suas decisões, já que, sem a influência dos itens que costumam ter mudanças mais bruscas, dá um retrato mais fiel da tendência geral dos preços.
A cúpula do Fed se encontra na próxima quarta-feira, 17, para decidir os juros do país, e, apesar da pequena piora nos números da inflação, o consenso de mercado ainda é de que o banco central deve promover, nesta reunião, o primeiro corte desde janeiro. Isto porque, por outro lado, os dados de mercado de trabalho já mostram uma tendência mais clara de desaceleração.
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