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Inflação desacelera para 0,39% em novembro, mas estoura teto no acumulado em 12 meses

Dado veio ligeiramente acima das estimativas, de 0,36%. Copom se reúne a partir desta terça-feira e deve anunciar nova alta nos juros

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2024, 09h09 - Publicado em 10 dez 2024, 09h08

A inflação de novembro foi de 0,39% em novembro, uma desaceleração em relação aos 0,56% registrados no mês anterior. O dado, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo IBGE, veio ligeiramente acima da estimativa do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,36% para o período.

O resultado do mês foi influenciado por altas no grupo alimentos e bebidas, o de maior peso no índice. As carnes, por exemplo, aceleraram 8,02% no mês. Além disso, houve alta também no grupo de transportes, o segundo de maior peso do IPCA, impulsionado pelo aumento da passagem aérea (22,65%).

No ano, a inflação acumulada é de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima do teto da meta de 2024, que é de 4,5% ao ano. A pressão inflacionária deve levar o Banco Central a aumentar ainda mais a taxa de juros para tentar conter a alta dos preços. O colegiado se reúne a partir desta terça-feira e deve anunciar um aumento de 0,75 ponto na Selic na noite de quarta-feira.

Resultados

Em termos de impacto no índice geral de novembro, Alimentação e bebidas exerceu 0,33 p.p, sendo que, entre os subitens, contrafilé, alcatra, refeição, óleo de soja e costela pressionaram para este aumento, com o impacto de 0,03 p.p cada. “A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA e INPC, André Almeida.

O grupo de Transportes registrou alta de 0,89%, influenciada pelo subitem passagem aérea, que subiu 22,65% e contribuiu com 0,13 p.p., maior impacto individual no índice do mês. Já os combustíveis caíram -0,15%, influenciados pelas quedas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). Por sua vez, gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) registraram variações positivas.

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Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano subiu 3,64%, após gratuidades concedidas nas passagens nos dias de eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em São Paulo, foram registradas reduções de -0,43% no trem e no metrô, decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população nos dias de realização das provas do ENEM.

André Almeida destaca a influência vinda das passagens aéreas. “A proximidade do final de ano e os diversos feriados do mês podem ter contribuído para essa alta”, explicou o gerente da pesquisa.

Em Despesas Pessoais (1,43% e 0,14 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pelo cigarro (14,91% e 0,07 p.p.). Em 1º de novembro, houve aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros. Altas também foram observadas nos subitens pacote turístico (4,12%) e hospedagem (2,20%).

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Por outro lado, a maior queda registrada em novembro veio de Habitação, com taxa de -1,53% e -0,24 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi impactado pelo subitem energia elétrica residencial, que caiu 6,27% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários: de 4,97% em Goiânia (-2,13%), a partir de 22 de outubro; redução de 2,98% em Brasília (-9,30%), a partir de 22 de outubro; e redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo (-7,23%), a partir de 23 de outubro.

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas apresentaram resultados positivos em outubro. A maior variação ocorreu em Rio Branco (0,92%), influenciada pela alta das carnes (8,04%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Porto Alegre (0,03%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-7,67%).

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