Inflação acumulada na Argentina beira os 143% na semana das eleições
O ultraliberal Javier Milei e o atual ministro da Economia, Sergio Massa, disputam o segundo turno no domingo; taxa de inflação é a maior desde 1991
A inflação acumulada em 12 meses na Argentina alcançou 142,7% em outubro, após alta de 8,3% nos preços no mês. Os dados foram divulgados na última segunda-feira, 13, pelo Instituto de Estatísticas do país, a poucos dias do segundo turno das eleições no país disputado pelo atual ministro da Economia, Sérgio Massa e o ultraliberal Javier Milei. O índice de inflação está no patamar mais alto desde agosto de 1991.
As altas taxas de inflação é um dos grandes temas da eleição argentina, e principal arma do candidato de direita para tentar angariar votos e derrotar o candidato peronista na disputa. No acumulado de ano, a inflação registra alta de 120%, acima do registrado em todo o ano passado. Em 2022, o acumulado da alta nos preços fechou em 94,8%.
Apesar da alta taxa acumulada no mês, os resultados de outubro mostram uma desaceleração nos preços, na comparação com setembro. No mês anterior, o incremento foi de 12,7% em relação a setembro. Em outubro, os produtos e serviços com maiores aumentos foram: comunicação (12,6%) e vestuário (11%). Para os alimentos, os preços subiram 7,7% em relação ao mês anterior.