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Índia paralisa abertura de mercado a gigantes do varejo

Medida enfrenta oposição no país. Há quem alegue que a mudança destruirá o sustento de milhões de pequenos comerciantes

Por Da Redação
4 dez 2011, 09h30

A Índia paralisou um projeto para abrir sua indústria varejista a grandes redes de supermercados estrangeiras, informou neste domingo uma importante fonte do governo. A medida é uma embaraçosa reviravolta, motivada pela pressão que grupos oposicionistas tem realizado contra o governo.

Se posta em prática, a medida permitirá que gigantes como o Walmart entrem no mercado varejista da Índia, na primeira grande reforma econômica desde o início do mandato do primeiro-ministro Manmohan Singh, em 2009. A mudança é criticada por quem alega que as grandes empresas destruirão o sustento de milhões de pequenos comerciantes.

“Isso é uma pausa,” disse a fonte do governo. “Não veja como um recuo, como se o governo estivesse cedendo. É apenas uma pequena pausa.” A ideia parece dar ao partido governista, que está sendo criticado, tempo para ganhar apoio de seus aliados da coalizão.

O governo deve soltar um comunicado oficial sobre o projeto na segunda-feira. Permitir investimento estrangeiro direto em uma indústria varejista dominada por pequenas lojas era proclamado pelo Congresso como uma política que ajudaria a amenizar a alta da inflação, melhorar a infraestrutura de suprimentos e criar milhões de empregos.

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O principal partido de oposição, o Bharatiya Janata, liderou protestos contra a reforma no Parlamento, o que paralisou ambas as esferas do Congresso desde a semana passada. Mamata Banerjee, líder do maior aliado do governo no Congresso e um crítico da medida, afirmou no sábado que o governo disse a ela que os planos seriam colocados em espera até que um consenso pudesse ser alcançado. Sua legenda leva 19 votos para a coalizão de Singh, que precisa dos aliados para ter uma mínima maioria no Parlamento em Nova Délhi.

A polêmica sobre o projeto ocorre em um momento no qual o partido governista luta para acabar com as críticas por não ter conseguido combater a inflação e manter o grande crescimento econômico. Haverá uma importante eleição no próximo ano e eleições gerais em 2014. Singh rejeitou nesta semana pedidos para que derrube o projeto, em meio a cenas caóticas no Parlamento. Legisladores da oposição fizeram coro e levantaram cartazes denunciando a medida como liquidação do país.

(Com Reuters)

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