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Incertezas na tributária e questão fiscal fazem dólar subir para R$ 5,44

Cenário externo alivia, mas moeda segue pressionada por questões domésticas com reforma e Orçamento

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jul 2024, 18h00 - Publicado em 11 jul 2024, 17h53

Nesta quinta-feira, 11, o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,37, o menor valor desde 14 de julho. No entanto, a moeda reverteu o sinal ao longo do dia e encerrou o pregão negociada com alta de 0,49%, cotada a R$ 5,44.

A desaceleração da inflação nos Estados Unidos aumentou a expectativa de cortes nas taxas de juros. No Brasil, essa possível redução é vista com otimismo devido ao diferencial de juros entre os dois países. Com taxas menores lá, a Selic, atualmente em um patamar alto, se torna mais atrativa para investidores, além de abrir espaço para que o Banco Central continue seu ciclo de cortes sem provocar uma desvalorização adicional do real. O câmbio, no entanto, seguiu na direção contrária e não respondeu ao alívio no cenário externo.

A moeda segue pressionada por questões domésticas. Internamente, a reforma tributária também tem gerado incertezas no mercado. Inicialmente concebida para simplificar o sistema tributário com a criação de uma alíquota única, a proposta acabou sendo modificada para incluir várias exceções e regras diferenciadas para determinados setores. Além disso, a meta de aumentar a arrecadação não foi acompanhada por medidas convincentes de corte de gastos por parte do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 26 bilhões, que consiste em uma revisão – uma espécie de “pente fino” – dos benefícios concedidos pelos programas sociais do governo. No entanto, estudos e pesquisas mostram que seria necessário o dobro do corte para reequilibrar o orçamento.

No mercado de ações, o Ibovespa se consolidou acima dos 128 mil pontos, impulsionado pelo setor de varejo. As ações varejistas subiram, beneficiadas pelo crescimento do setor, conforme mostrado pelos dados do IBGE, e pela queda dos juros futuros. O setor bancário, por outro lado, apresentou um desempenho misto devido às notícias de uma possível taxação dos bancos via CSLL. “Embora essa medida seja considerada “a última opção” para compensar a desoneração da folha de pagamento de setores e municípios, ela trouxe certa cautela aos investidores”, avalia Alexandre Nishimura, economista e sócio da Nomos.

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