Ibovespa cede com delcaração de Haddad e dólar reage a possível acordo entre EUA e China
Ministro busca avançar na isenção do IR para até R$ 5 mil, mas esbarra na compensação. Trump e líderes chineses abriram diálogo sobre suas relações comerciais

O Ibovespa, principal índice da B3, recuava nesta sexta-feira, aos 127,2 mil pontos, no meio do dia e o dólar oscilava. A moeda cedia e era negociada a R$ 5,69, às 11h30. O mercado reage às declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca avançar nas discussões com o Congresso em torno da proposta de isenção do Imposto de Renda para brasileiros que ganham até R$ 5 mil. No entanto, Haddad enfatizou que a questão central do debate reside na busca por uma compensação fiscal para sustentar a renúncia tributária, sinalizando a dificuldade de se chegar a um acordo nesse ponto.
Enquanto o cenário doméstico carece de grandes eventos na agenda econômica do dia, os olhos dos investidores estão voltados para os desdobramentos internacionais, especialmente para os Estados Unidos. A divulgação dos dados de atividade industrial e de serviços (PMI) do mês de fevereiro será um indicativo vital para os mercados globais. O PMI é considerado um termômetro importante da saúde econômica americana e pode fornecer sinais cruciais para o banco central americano, o Federal Reserve (Fed) calibrar sua política monetária.
O cenário externo também é marcado por um possível acordo nas relações comerciais entre EUA e China, com as duas potências econômicas realizando discussões consideradas “profundas” sobre temas cruciais nas relações bilaterais, segundo informou o vice-primeiro-ministro chinês. Essa reaproximação, se consolidada, pode trazer alívio para as pressões inflacionárias nos Estados Unidos, uma vez que tarifas impostas anteriormente contribuem para o aumento de custos de importação de diversos produtos.