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Ibovespa acompanha exterior e cai de olho em tarifas comerciais; dólar recua

Trump dá sequência à agenda de tarifas comerciais e motiva investidores a evitar ativos de risco; dólar cai com correção de curto prazo

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 mar 2025, 19h15 - Publicado em 11 mar 2025, 18h04

Em meio à continuidade dos desdobramentos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a outros países, o dólar fechou em baixa de 0,68% nesta terça-feira, 11, cotado a R$ 5,81; o Ibovespa registrou baixa de 0,81% no fim do pregão, em 123.507 pontos.

No mercado externo, a guerra comercial imposta por Trump ainda gera incertezas para os negócios, com idas e vindas nas decisões que sugerem a necessidade de proteção contra o risco. O dólar, no entanto, encontrou espaço para uma pequena correção no dia.

Apesar do mau desempenho das bolsas, em continuidade ao movimento de aversão ao risco global, o dólar opera em baixa, devolvendo parte dos ganhos da véspera”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

“O dia começou positivo para os ativos domésticos, mas o anúncio de Trump sobre novas tarifas de 50% sobre o alumínio canadense inverteu o sinal, afetando principalmente o Ibovespa — enquanto câmbio e juros mantiveram a tendência de queda.” Ainda segundo Shahini, sem grandes novidades no cenário local, o recuo no dólar parece refletir “alguma correção de prêmios de risco incorporados no pregão anterior”.

A isso se soma a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro e do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos amanhã, que “também reforçam a cautela para apostas direcionais no pregão de hoje, reforçando uma postura mais conservadora à espera dos dados”.

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Pela manhã, os investidores acompanharam a divulgação de dados do mercado de trabalho americano por meio do relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts). Em janeiro, o resultado foi de 7,7 milhões de vagas, acima das expectativas de especialistas — o que mostra uma economia ainda resiliente, um desafio para o controle inflacionário pelo Federal Reserve, o banco central americano.

No cenário doméstico, o mercado recebeu sem grande destaque os dados da produção industrial do país em janeiro deste ano, que ficou estável em comparação com o mês de dezembro do ano anterior. O resultado veio abaixo das expectativas de analistas, que projetavam um crescimento de 0,5% para o setor.

Por um lado, uma perda de força da economia brasileira é uma má notícia do ponto de vista macroeconômico, mas reforça, em outra ponta, o trabalho do Banco Central de controlar a inflação sem precisar estender o ciclo de aperto monetário.

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