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A reação de Haddad diante da disparada do dólar

Ministro comentou a alta da moeda americana e indicou também que governo pode fazer novos ajustes fiscais, porque esse é um trabalho 'que não se encerra'

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 dez 2024, 17h18 - Publicado em 18 dez 2024, 14h03

O ministro Fernando Haddad disse que, diante da disparada do dólar, pode estar havendo um ataque especulativo no mercado financeiro, mas que ele prefere trabalhar com fundamentos e que acredita que o preço da moeda americana deva se estabilizar. Nesta quarta-feira, 18, o dólar opera em forte alta. Perto das 14h, a moeda era negociada a 6,19 reais, um marco histórico.

“Há contatos conosco falando em especulação, inclusive jornalistas respeitáveis falando disso. Eu prefiro trabalhar com os fundamentos, mostrando a consistência do que nós estamos fazendo em proveito do arcabouço fiscal para estabilizar isso. Mas pode estar havendo. Não estou querendo fazer juízo sobre isso, porque a Fazenda trabalha com os fundamentos. E esses movimentos mais especulativos, eles são coibidos com a intervenção do Tesouro e do Banco Central”, disse o ministro. 

Nos últimos dias, o Banco Central tem realizado leilões de dólares para tentar estabilizar o valor da moeda. “Mas eu acredito que ele (dólar) vai se acomodar. Eu tenho conversado muito com as instituições financeiras. A previsão de inflação para o ano que vem, a previsão de câmbio para o ano que vem. Até aqui, nas conversas com as grandes instituições, as previsões são melhores do que os especuladores estão fazendo. Mas, enfim, o câmbio futuro o Banco Central tem intervindo. O Tesouro passou a atuar na recompra de títulos. E eles vão continuar acompanhando até estabilizar”, disse.

O ministro indicou, mais uma vez, que o governo pode adotar novas medidas para ajustar as contas públicas, além dos ajustes propostos no pacote fiscal. “Eu nunca falei que é um trabalho que se encerra. Não se encerra. Nós vamos acompanhá-lo.” No dia 29 de novembro, o ministro já havia dito, em almoço promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que o pacote de corte de gastos não é um “gran finale” para a questão fiscal do Brasil.

Nesta semana, o Tesouro Nacional divulgou o Relatório de Projeções Fiscais, com estimativas para os próximos dez anos, indicando que a dívida bruta subirá de 77,7% do PIB, em 2024, para 81,8%, em 2027. 

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Segundo as projeções do Tesouro, os mecanismos de redução de gastos previstos no arcabouço fiscal e no pacote de corte de gastos levam à redução da dívida pública tanto no cenário-base quanto em cenários alternativos. No entanto, a projeção indica que o governo não vai alcançar a meta de déficit zero antes de 2027.

“Vamos fazer uma avaliação do que foi aprovado, nós temos também a questão da desoneração da folha, que tem uma pendência no Supremo que nós vamos resolver”, disse Haddad.

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