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Haddad diz que a proposta para tributar super-ricos está avançando

Em Washington, o ministro afirma que tributação pode ser usada para combater a fome e para a transição para uma economia verde

Por Luana Zanobia Atualizado em 17 abr 2024, 12h23 - Publicado em 17 abr 2024, 11h56

Cumprindo uma série de agendas em Washington, nos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou aos americanos nesta quarta-feira, 17, sobre a proposta de taxação dos super-ricos. Haddad destacou a urgência de implementar impostos sobre grandes fortunas, visando a captação de recursos para combater a fome global e promover ações contra as mudanças climáticas.

A ideia, que ganhou forma após ser sugerida pelo economista francês Gabriel Zucman e Esther Duflo, economista francesa e ganhadora do Prêmio Nobel de Economia, em um encontro do G20, tem potencial de gerar cerca de 250 bilhões de dólares anuais. Esses fundos seriam essenciais para auxiliar nações em desenvolvimento a superar desafios socioeconômicos e ambientais.

Explicando o crescente apoio à proposta, Haddad ressaltou que esta será uma prioridade durante a presidência do Brasil no G20. Ele informou que um grupo de trabalho específico está sendo organizado para detalhar a aplicação dos recursos arrecadados. O objetivo é duplo: combater a insegurança alimentar e facilitar a transição para uma economia sustentável. O ministro enfatizou a necessidade de um consenso global até o fim do ano, o que representaria um marco histórico na cooperação internacional para justiça fiscal.

Haddad vinculou a necessidade de taxar os super-ricos ao desafio de enfrentar as disparidades econômicas globais, agravadas pela pandemia de Covid-19 e pela subsequente fragmentação geoeconômica. “Estas condições exacerbaram as dívidas e a inflação, impondo aos países do Sul escolhas econômicas complexas para manter a estabilidade macroeconômica”, disse. Além disso, o ministro abordou a grave crise de insegurança alimentar que afeta mais de 258 milhões de pessoas em 58 países, segundo o relatório de 2023. Ele relembrou as políticas de sucesso implementadas no Brasil desde a eleição de Lula em 2002, como o Bolsa Família e o apoio à agricultura familiar, que reduziram significativamente a fome e a pobreza até 2014.

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Apesar dos desafios recentes, causados por crises socioeconômicas, Haddad destacou que o Brasil está revitalizando seu compromisso com estas questões através de novas políticas e iniciativas sob a atual administração. “Este esforço envolve várias iniciativas no âmbito do G20, como estratégias para desenvolver infraestruturas inclusivas e discussões sobre formas inovadoras de tributação para os super-ricos, criando espaço fiscal para políticas públicas efetivas”, diz.

O ministro também salientou o foco do Brasil em fortalecer os bancos multilaterais de desenvolvimento, cruciais para financiar políticas que possam efetivamente mitigar a pobreza e fomentar o desenvolvimento sustentável. O país tem uma oportunidade única de fortalecer esse laço, especialmente agora que Ilan Goldfajn, ex-diretor do Banco Central do Brasil, está na presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Esta nomeação não apenas reforça o papel do Brasil no cenário financeiro global, mas também abre portas para novas oportunidades de colaboração e desenvolvimento com bancos multilaterais como o BID, que tem pela primeira vez um brasileiro na presidência.

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