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Guedes diz que deputados ‘abortaram’ a reforma da Previdência

Ministro critica parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) e afirma que Câmara cedeu a pressões corporativas de servidores do Legislativo

Por da Redação
14 jun 2019, 16h33

O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou, nesta sexta-feira, 14, o parecer apresentado na véspera pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) e disse que os deputados “abortaram”a reforma da Previdência caso o projeto autorizado pelo relatório for o aprovado. Segundo o ministro, se a estimativa de economia com a reforma da Previdência ficar em 860 bilhões de reais ao longo de dez anos será necessária outra reforma daqui a cinco ou seis anos.

“Entregamos (a proposta de economia de) 1,2 trilhão de reais. Esperava que cortassem o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e a (aposentadoria) rural e ficasse com 1 trilhão de reais. Com 1 trilhão de reais, conseguiríamos lançar a Nova Previdência, que é o compromisso com as futuras gerações. Mas aí cortaram 350 bilhões de reais (da economia original da proposta)”, disse Guedes.

Segundo o ministro, as alterações como nova regra de transição para servidores públicos e privados, idade mínima menor para mulheres, entre outros, resulta em economia fiscal de 860 bilhões de reais em dez anos. Na visão do ministro, esse montante inviabiliza a Nova Previdência, ou seja, a implementação do sistema de capitalização para os trabalhadores mais jovens. Ao apresentar o relatório na quinta-feira, o deputado Moreira informou que o impacto fiscal da proposta para a União, conforme o relatório, ficaria em 913,4 bilhões de reais em dez anos. Guedes rebateu o número.

“Isso aí (o valor de 913,4 bilhões de reais anunciado) estão pegando imposto, botando imposto sobre banco. Isso é política tributária. Estão buscando dinheiro de PIS/Pasep, mexendo em fundos. Estão botando a mão no dinheiro do bolso dos outros”, afirmou Guedes, ao deixar evento no Consulado-Geral da Itália.

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O ministro afirmou que os cortes sobre a proposta original foram maiores que o estimado e disse que a exclusão de Estados e municípios do parecer foi um recuo ditado por “pressões corporativas de servidores do Legislativo”, que ele classificou como “privilegiados”. “Pressões corporativas de servidores do Legislativo forçaram o relator a abrir mão de 30 bilhões de reais (de economia fiscal) com eles, que já são favorecidos. Recuaram na regra de transição (para os servidores). Como ia ficar feio recuar só para os servidores, estenderam (a mudança) para o regime geral. E aí isso custou 100 bilhões de reais”, afirmou o ministro.

Guedes ainda ironizou os protestos realizados nesta sexta-feira em várias cidades do país contra a reforma da Previdência e cortes na Educação. “Acho que devia fazer (protesto) sábado e domingo em vez de engarrafar a cidade para fingir que tem muito movimento”, disse.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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