Greve em São Paulo: serviço de ônibus opera com 70% da frota
Confira quais as linhas afetadas pela paralisação; rodízio e zona azul foram suspensos na capital paulista
O serviço de ônibus em São Paulo está operando com 70% de sua frota na tarde desta sexta-feira, 6, por causa de uma greve parcial de motoristas e cobradores, segundo a SPTrans. O motivo, segundo os manifestantes, é a redução nas linhas da capital paulista e a falta de pagamentos na porcentagem de lucros das companhias.
A categoria obedece a decisão da Justiça do Trabalho que determinou funcionamento de 70% nos horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 50% nos horários normais. A multa em caso de descumprimento é de 100 mil reais por dia para o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas).
A prefeitura suspendeu o rodízio na cidade e a Zona Máxima de Restrição a Fretados. Também foi liberado o uso gratuito das vagas de Zona Azul. Em boletim divulgado às 14h30, a SPTrans informa que vinte e duas linhas não estão circulando na capital paulista.
“Na Zona Norte, as linhas 9300/10 Term. Casa Verde – Term. Pq. D. Pedro II e 9301/10 Term. Casa Verde – Pça do Correio estão paralisadas no Term. Casa Verde e a linha 9162/10 Vl Penteado – Term. Casa Verde está paralisada na Vl. Penteado”, comunica a SP Trans.
Confira as rotas que estão sem operação:
- 9300/10 Term. Casa Verde – Term. Pq. D. Pedro II
- 9301/10 Term. Casa Verde – Pça do Correio
- 9162/10 Vl Penteado – Term. Casa Verde está paralisada na Vl. Penteado
- 2002/10 Term. Pq. D. Pedro ll – Term. Bandeira
- 148P/10 Pedra Branca – Metrô Barra Funda
- 1741/10 Vl. Dionisia – Metrô Santana
- 1742/10 Jd. Antártica – Metrô Santana
- 1743/10 Jd. Pery Alto – Shop. D
- 1758/10 Jd. Antártica – Metrô Santana
- 1759/10 Jd. Pery – Metrô Santana
- 148L/10 Cohab Antártica – Lapa
- 211L/10 Mandaqui – Lapa
- 1760/10 Cohab Antártica – Shop. Center Norte
- 297A/10 Jd. Primavera – Metrô Barra Funda
- 9166/10 Jd. Sta. Cruz – Term. Cachoeirinha
- 967A/10 Imirim – Pinheiros
- 971A/10 Jd. Primavera – Shop. D
- 9701/10 Hosp. Cachoeirinha – Metrô Santana
- 971D/10 Jd. Damasceno – Shop. Center Norte
- 971M/10 Vl. Penteado – Metrô Santana
- 971T/10 Vl. Sta. Maria – Metrô Santana
- 971V/10 Jd. Vista Alegre – Shop. Center Norte
No momento, os manifestantes se encontram na frente da sede da prefeitura de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, centro da cidade. Também no centro, em frente frente à Câmara Municipal de São Paulo, é possível ver ônibus parados. Segundo a SP Trans, apenas o terminal Parque Dom Pedro II está fechado pela categoria.
O Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informaram que operam com estratégia especial para suprir a demanda.
De acordo com a SP Trans, três linhas de trólebus fazem desvios e uma está paralisada em razão de manifestação na região central. Confira os desvios:
2100/10 Term. Vl. Carrão – Pça. da Sé
3160/10 Term. Vl. Prudente – Term. Pq. D. Pedro ll
Desvio: normal até Rua da Figueira, Rangel Pestana, Rua Piratininga, Av. Alcântara Machado.
2290/10 Term. São Mateus – Term. Pq. D. Pedro ll
Desvio: normal até Rua do Gasômetro, Rua Jairo Góes, Av. Rangel Pestana.
2002/10 Term. Pq. D. Pedro ll – Term. Bandeira
Paralisada.
O que motiva a greve
A paralisação foi deliberada na quinta-feira, pelo sindicato, quando diversos motoristas estacionaram ônibus na frente da sede da prefeitura para cobrar posição com o prefeito.
O objetivo da manifestação, segundo os motoristas, é protestar contra o que chamam de “desmonte” do setor, com uma suposta redução de frota, além de cobrar o pagamento relativo à participação nos lucros e resultados (PLR) por parte das empresas. De acordo com a entidade sindical, havia transferência desse dinheiro prevista para quinta, o que não teria ocorrido.
Em entrevista a TV Record, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse pela manhã que “a prefeitura está em dia com os pagamentos devidos as concessionárias de ônibus. portanto, qualquer verba trabalhista sendo reclamada pelos funcionários não está deixando de ser paga pro conta de repasse não feito pela prefeitura às concessionárias”, afirmou ele.
Sobre a diminuição de frotas, Covas disse que “a nova concessão não é novidade na cidade. Desde 2013, a cidade convive com contratos emergenciais e vem discutindo a nova concessão do ônibus. Só agora, às vésperas da assinatura do contrato, vem essa questão de rediscutir o novo sistema, algo absurdo porque a discussão foi feita de forma publica”.