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Governo vê com preocupação’ decisão dos EUA de sobretaxar aço

O Brasil será um dos países mais atingidos pela medida, que será aplicada de maneira formal na próxima semana

Por Estadão Conteúdo
2 mar 2018, 08h52

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou nota nesta quinta-feira em que afirma que o governo brasileiro recebe com “enorme preocupação” a informação de que os Estados Unidos pretendem aplicar tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio. A medida afetará os produtos brasileiros vendidos aos EUA.

“O governo brasileiro não descarta eventuais ações complementares, no âmbito multilateral e bilateral, para preservar seus interesses no caso concreto”, afirma o texto.

O presidente norte-americano Donald Trump disse que decidiu impor a tarifa sobre a importação de aço. Segundo maior fornecedor do produto ao mercado americano no ano passado, o Brasil será um dos países mais atingidos pela medida, que será aplicada de maneira formal na próxima semana.

“O governo brasileiro espera trabalhar construtivamente com os Estados Unidos para evitar eventual aplicação, o que traria prejuízos significativos aos produtores e consumidores de ambos os países, segundo relatou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, ao secretário americano”, completa a nota.

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O anúncio ocorre depois de o ministro se reunir, em Washington, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, criticou nesta quinta-feira a decisão do governo norte-americano de sobretaxar as importações de alumínio e aço no país. “O Brasil teve política protecionista por muitos anos e isso, no longo prazo, não dá certo”, comentou o ministro. “O presidente Trump tem essa visão. Na minha avaliação, não é algo que vai aumentar a competitividade da indústria americana, pelo contrário”, acrescentou Meirelles.

Apesar das críticas, Trump usou sua conta no Twitter na manhã desta sexta-feira para defender as tarifas na importação de aço e alumínio anunciadas ontem.

“Quando um país (EUA) perde muitos bilhões de dólares em comércio com virtualmente todo país com quem faz negócios, as guerras comerciais são boas e fáceis de vencer. Por exemplo, quando perdemos 100 bilhões de dólares com um certo país e eles se tornam engraçadinhos, não faça mais comércio – nós ganhamos muito. É fácil!”, escreveu Trump.

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Encontro

Na reunião, Jorge afirmou que o aço brasileiro não representa ameaça à segurança nacional norte-americana e que as estruturas produtivas siderúrgicas de ambos os países são complementares, já que cerca de 80% das exportações brasileiras de aço são de produtos semiacabados, que é um insumo da indústria siderúrgica norte-americana.

O ministro reiterou ainda que a produção brasileira de aço, parcialmente exportada aos Estados Unidas, é feita em parte utilizando carvão siderúrgico norte-americano, responsável por US$ 1 bilhão em importações em 2017, o que poderá ser prejudicado com a sobretaxa.

“No encontro, o ministro Marcos Jorge reforçou que Brasil e Estados Unidos são importantes e tradicionais parceiros comerciais. De sua parte, o secretário Ross afirmou disposição para buscar soluções positivas e que eventual decisão de aplicação da sobretaxa poderia ser recorrida pelos países interessados”.

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