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Gastos com logística consomem 12,37% do faturamento das empresas

Companhias tiveram de desembolsar R$ 15,5 bilhões a mais de 2015 para cá, quando o porcentual era de 11,73%.

Por Gilmara Santos
Atualizado em 19 abr 2018, 16h38 - Publicado em 19 abr 2018, 14h01

A falta de infraestrutura brasileira está corroendo a receita das empresas. Estudo realizado pela Fundação Dom Cabral mostra que as companhias gastaram, em média, 12,37% do seu faturamento bruto com custos logísticos no Brasil nos últimos três anos. Ou seja, tiveram de desembolsar 15,5 bilhões de reais a mais de 2015 para cá, quando o porcentual era de 11,73%.

“Entre as vinte principais economias do mundo, o maior custo está aqui. Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas despenderam 8,5% do faturamento e na China 10%”, diz o professor Paulo Resende, coordenador do Núcleo e da pesquisa.

O impacto logístico pesa mais para atividades de mineração, papel e celulose, agronegócio e construção, enquanto são bem menos representativos nos segmentos farmacêutico, de bens de capital, autoindústria e eletroeletrônicos.

Por aqui, a despesa com transporte está concentrada nas movimentações de longa distância e na mobilidade urbana, respondendo por 63,5% do custo logístico total. “Nos Estados Unidos e China, está no armazenamento, que faz parte da estratégia de segurar produtos para definir preços”, diz o professor.

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O alto valor pago pelas empresas brasileiras está relacionado à falta de investimento em infraestrutura, tanto em novos quanto nos atuais projetos. Resende comenta que enquanto o Brasil investe 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em logística, China e Índia aplicam 2,5%.

Outro ponto levantado pela pesquisa é a dependência do modal rodoviário, que responde por 75,9% dos serviços de transporte utilizados pelas empresas embarcadoras de cargas.

O professor considera que o Brasil precisa de um projeto de gestão e planejamento de longo prazo para solucionar os gargalos de logística do país. “O Brasil não tem planos de 25, 30 ou 50 anos, como no caso da China, para a construção de infraestrutura”, finaliza Resende.

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