Fundos de previdência podem impulsionar o PIB nos próximos anos
Juntas, entidades de previdência complementar detém 2,5 trilhões de reais, cerca de 25% do PIB
Encarados como instrumento de progresso em países avançados, os fundos de pensão contribuem pouco para o crescimento da economia do Brasil.
Com 2,5 trilhões de reais em ativos, cerca de 25% do PIB, os fundos têm a quase totalidade dos investimentos em produtos de renda fixa, que pouco contribuem para o financiamento do setor produtivo.
Nos fundos de aposentadoria complementar fechados, isto é, pertencentes a determinadas empresas, 80% dos recursos estão alocados em produtos de renda fixa.
Já no caso dos fundos abertos, o percentual em aplicações conservadoras sobe para 94%, segundo cálculo apresentado por José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarialo Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (Siga), realizado nesta terça (3), no Rio de Janeiro. Banco do Brasil, durante
“Os fundos de pensão podem obter bons retornos se olharem para além da renda fixa”, disse Sasseron. “Os fundos não são responsáveis por fazer a economia crescer. Mas podem ajudar, e muito”.
Segundo Sasseron, o governo o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) contará com 400 bilhões de reais em recursos financiados por bancos públicos, como a Caixa, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste.
Já as estatais, sobretudo a Petrobras, deve injetar mais 340 bilhões de reais. E o setor privado, outros 610 bilhões de reais
A maior participação dos fundos de aposentadoria na economia pode ter ainda outro efeito positivo, a atração de gestores do exterior, segundo Sergio Cutolo, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e sócio do banco BTG Pactual.
“Para esses gestores, é muito importante a participação dos fundos previdenciários nacionais. Porque eles sabem que o perfil de investidor é muito parecido, facilitando a interlocução”.
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