Francês Jean Tirole ganha o Nobel de Economia
Economista da Universidade de Toulouse levou o prêmio de US$ 1,1 milhão por seu trabalho no campo de poder e regulação de mercado
(Atualizado às 8h50)
O francês Jean Tirole, 61 anos, ganhou, nesta segunda-feira o Nobel de Economia, por seu trabalho de análises do poder e regulação de mercado. Ele é atualmente diretor do Instituto de Economia Industrial da Universidade de Ci��ncias Sociais, em Toulouse, França. O professor de Economia levará aproximadamente 1,1 milhão de dólares pela nomeação.
“Jean Tirole é um dos economistas mais influentes do nosso tempo. Ele fez contribuições teóricas importantes a várias áreas, mas, principalmente, ele esclareceu como entender e regular setores com algumas poucas empresas. Tirole recebe o prêmio deste ano por sua análise do poder e regulação de mercado”, disse a Real Academia Royal Sueca de Ciências.
Antes de mudar para Toulouse, em 1991, Tirole era professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, escola da qual tem título de PhD em Economia. Já foi presidente da Sociedade de Econometria e da Associação Econômica Europeia. Seu campo de pesquisa é voltado para temas como organização industrial, regulação, teoria dos jogos, finanças, sistema bancário e macroeconomia.
Publicou mais de 100 artigos acadêmicos em economia e finanças, além de seis livros, sendo eles: The Theory of Industrial Organization, Game Theory (com Drew Fudenberg), A Theory of Incentives in Procurement and Regulation (com Jean-Jacques Laffont), The Prudential Regulation of Banks (com Mathias Dewatripont) e Competition in Telecommunications (com Jean-Jacques Laffont).
Trabalhos – A pesquisa de Tirole mostrou que a regulação do mercado deve ser cuidadosamente adaptada às condições específicas dos setores, em vez da imposição de normas gerais, tais como preços máximos que podem fazer mais mal do que bem. “O prêmio deste ano de Ciências Econômicas é sobre como domar empresas poderosas”, declarou Staffan Normark, secretário permanente da Real Academia Sueca de Ciências, em entrevista à imprensa.
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O prêmio – chamado oficialmente de Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel – foi lançado em 1968 e paga aproximadamente 8 milhões de coroas suecas (1,1 milhão de dólares) ao vencedor.
Analistas e economistas tentaram prever quem seria beneficiado com o título – e a bolada em dinheiro – neste ano. Na lista dos favoritos estava Philippe Aghion da Universidade de Harvard e Peter Howitt da Universidade de Brown por seu trabalho conjunto na teoria da destruição criadora. William Baumol e Israel Kirzner, ambos da Universidade de Nova York, também estavam entre os favoritos da Thomson Reuters por seus estudos em empreendedorismo. William Bowen, ex-presidente da Universidade de Princeton, também entrou na seleta lista de favoritos com seu trabalho sobre como os custos com trabalho não crescem na mesma proporção que a produção.
Em 2013, três economistas norte-americanos – Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen, da Universidade de Chicago, e Robert J. Shiller, da Universidade de Yale – levaram o Nobel por seu trabalho pioneiro em identificar as tendências nos mercados financeiros.
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