Tóquio, 12 nov (EFE).- A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou neste sábado em Tóquio que os elementos para ‘melhorar significativamente’ a situação na Itália são a credibilidade e a aplicação ‘firme, sólida e sustentada’ das reformas.
Em entrevista coletiva realizada após uma reunião com o ministro de Finanças japonês, Jun Azumi, a economista destacou que, no caso da Itália, não existe um problema comparável ao de outros países como Irlanda, Portugal e Grécia e ressaltou que o interesse de todos os membros da União Europeia (UE) é que haja ‘estabilidade econômica’.
Sobre a possibilidade de Mario Monti substituir o atual primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, Lagarde se limitou a mostrar sua ‘estima’ e ‘respeito’ pelo ex-comissário europeu, a quem definiu como ‘uma pessoa extremamente competente’ com quem sempre manteve ‘um diálogo produtivo e intenso’.
Lagarde frisou que ‘o Japão foi sempre um líder e um membro-chave’ do Fundo, e insistiu que ‘nenhum país pode ser imune’ à atual situação.
A economista francesa, que chegou a Tóquio após visitar Rússia e China, também demonstrou sua satisfação pelo anúncio do Japão de se somar às negociações sobre o Acordo de Associação Transpacífico (TPP), já aderido por nove países – entre eles Estados Unidos, Chile e Peru.
Lagarde, que viajará hoje ao Havaí para participar da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica da Ásiae e do Pacífico (Apec), negou que tenha solicitado ao Japão fundos adicionais para o FMI e frisou que por enquanto o organismo ‘conta com os recursos financeiros suficientes’. EFE