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Fitch rebaixa nota de quatro empreiteiras envolvidas na Lava Jato

A lista de companhias que tiveram as notas reduzidas é composta por Queiroz Galvão, Galvão Participações, Galvão Engenharia e Mendes Júnior Trading e Engenharia (MJTE)

Por Da Redação
13 jan 2015, 15h03

A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta terça-feira o corte das notas de crédito de empreiteiras envolvidas nas denúncias da Operação Lava Jato, que investiga o desvio de dinheiro público por meio de contratos da Petrobras.

A lista de companhias que tiveram as notas reduzidas inclui Queiroz Galvão, Galvão Participações, Galvão Engenharia e Mendes Júnior Trading e Engenharia (MJTE).

A observação negativa (ou seja, que indica perspectivas de novo rebaixamento) sobre os ratings das três primeiras companhias foi mantido, enquanto no caso da MJTE a observação foi removida.

No caso da Mendes Junior, o rating global de emissor passou de B- para CC. Para a Construtora Queiroz Galvão, a nota em escala nacional caiu de AA- para A. A nota de emissor internacional da Galvão Participações passou de B+ para B-, enquanto o rating nacional da Galvão Engenharia caiu de BBB+ para BB+.

Setor em alerta – Na semana passada, a Fitch divulgou nota dizendo que mais empresas brasileiras do setor de construção deverão entrar em default nos próximos meses. “O acesso a linhas de crédito, o recebimento de pagamentos por projetos concluídos e o reconhecimento de demandas relacionadas a emendas de contratos se tornaram cada vez mais difíceis. A decisão da OAS SA de descumprir duas obrigações diferentes de dívida na última semana, apesar de ter uma quantia estimada em 1 bilhão de reais em caixa, estabeleceu um mau precedente para as empresas brasileiras de engenharia e construção, o que vai fazer crescer o risco de contágio”, diz a nota.

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Em novembro, a Fitch havia colocado todos os ratings de construtoras brasileiras em observação para possível rebaixamento.

Segundo a agência, uma das principais áreas de preocupação é “o impacto financeiro nas companhias de um ambiente operacional mais desafiador, devido à alta concentração da carteira acumulada de projetos de várias companhias com o governo”. “É elevado o risco de que várias companhias entrem em default de modo a preservar a liquidez durante este período de alta incerteza quanto à perspectiva futura do setor”, diz o texto.

Outra área de preocupação é “a incapacidade de certas companhias no setor de participar de projetos futuros com entidades governamentais”. Segundo a Fitch, “a Petrobras baniu temporariamente 23 grupos empresariais envolvidos na investigação Lava-Jato de participar de licitações com ela, ou de ser contratadas por ela; dessa lista, a Fitch classifica as unidades de construção dos seguintes grupos: Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. As outras companhias incluídas na lista foram Alusa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, GDK, IESA, Jaraguá Equipamentos, MPE, Promon, Setal, Skanska, Techint, Tome engenharia e UTC”.

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Também preocupam “as potenciais suspensões, demoras ou baixas contábeis parciais de recebíveis existentes e de demandas junto à Petrobras”, o potencial de “reestruturações, suspensões ou demoras sob contratos existentes entre a Petrobras e certas corporações no setor”

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(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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