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Fed foi prudente ao postergar decisão para quando tiver menos incertezas, avaliam analistas

Manutenção dos juros americanos entre 4,25% e 4,5% veio em linha com as expectativas do mercado

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 jun 2025, 16h49

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi prudente em sua decisão desta quarta-feira, 18, avaliam analistas do mercado financeiro, que não ficaram surpresos com a postura da autoridade monetária. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed optou pela permanência da taxa básica de juros local na faixa entre 4,25% e 4,5% ao ano. A decisão, que foi unânime entre os membros do comitê. Trata-se da quarta reunião consecutiva em que o Fed decide pela manutenção do nível dos juros, definido em dezembro de 2024.

O Fed levou em consideração não apenas os sinais de arrefecimento da atividade econômica nos Estados Unidos, mas o potencial inflacionário da política comercial do país e da escalada de guerras no Oriente Médio. “Uma novidade importante desta reunião foi a sinalização de que as incertezas reduziram, mas continuam elevadas”, escreveu o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, em uma análise da decisão.

Para o diretor de renda variável da Blue3 Investimentos, Cleber Rentróia, o banco central americano “jogou a decisão de queda de juros mais pra frente”, quando espera ter mais clareza a respeito do cenário econômico. O define a escolha como conservadora. “Ele (o Fed) está numa situação bem complicada”, escreveu Rentróia após a decisão da autoridade monetária. O ponto de interrogação do Fed paira sobre duas frentes de batalha. A primeira, comercial, com a imposição de tarifas de importação elevadas pelo governo Donald Trump, nos EUA. Já a segunda, bélica, com as implicações das guerras no Oriente Médio ainda difíceis de estimar.

O economista-chefe da Suno, no entanto, ressalta que o poderio da economia americana, amparado por indicadores ainda fortes, permite que os juros fiquem elevados por mais tempo sem que o Fed peque no seu zelo pelos empregos americanos. “A solidez da economia doméstica permite que a autoridade monetária aguarde os efeitos dos choques tarifários sobre os preços antes de tomar qualquer decisão”, diz. Sungo vê a estratégia como a mais adequada para o momento.

A Suno Research projeta o primeiro corte de juros americanos para o final de 2025, quando os efeitos imediatos dos choques tarifários podem ser superados. A casa de análise alerta, contudo, que caso o desemprego aumente mais rapidamente nos EUA ao longo do ano, o Fed pode se ver obrigado a antecipar o corte a despeito do cenário externo um tanto incerto.

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