Família Klein reorganiza estutura societária na Via Varejo
Samuel Klein e Michael Klein transferiram parte de suas ações ordinárias na companhia para cinco sociedades de participação da família
Fruto da união entre as redes Ponto Frio e Casas Bahia, a Via Varejo informou na noite de segunda-feira que Samuel Klein e Michael Klein transferiram parte de suas ações na companhia para sociedades de participação da família Klein, numa investida que afirmam não visar alteração na composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa.
Samuel, fundador da Casas Bahia, e seu filho Michael possuíam juntos 47% da Via Varejo antes da negociação de papéis. Após as transações, Samuel não ficou com nenhuma ação ordinária em seu nome, ante participação anterior de 25,1% do capital da companhia. Já a fatia de Michael foi reduzida de 21,9% para 18%.
As ações da empresa, que é controlada pelo Pão de Açúcar, foram redistribuídas entre cinco sociedades de participação da família Klein, por meio de operações realizadas fora da bolsa de valores. Fazem parte do grupo a Altara RK Investments, Altara NK Investments, Bahia VV NK Limited, Bahia VV RK Limited e EK-VV Limited.
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“As negociações têm o pressuposto de reorganizar societariamente as ações detidas por Samuel e Michael Klein em sociedades de participação da família Klein sem que haja intenção de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia”, escreveram os acionistas em carta enviada à Via Varejo.
Eles acrescentaram, ainda, que os veículos de investimento em questão celebraram um acordo de acionistas junto com Michael Klein, comprometendo-se a “exercer o voto oriundo de suas ações sempre conforme a orientação de voto de Michael Klein em relação a certas matérias”.
A mudança societária na Via Varejo ocorre três dias depois de Abilio Diniz anunciar sua saída do Grupo Pão de Açúcar e o encerramento de sua sociedade com o empresário francês Jean-Charles Naouri, presidente da rede Casino. Na coletiva à imprensa realizada para anunciar a dissolução da sociedade, Abilio afirmou que nada mudaria em relação à Via Varejo e que a empresa continuaria como controlada do GPA.
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(Com Reuters)