Fala de Lula sobre picanha não injeta ânimo no mercado

Ibovespa opera em queda e o dólar cedia às 11h. Em meio à queda de popularidade, o presidente afirmou que reduzir o preço dos alimentos é prioridade

Por Luana Zanobia SEGUIR SEGUINDO 20 fev 2025, 10h54

EUFORIA - A bolsa em São Paulo: o número de investidores dobrou na crise - — Ibovespa (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

O Ibovespa opera sem grandes impulsionadores em dia de agenda vazia. O principal índice B3 recua, aos 127,2 mil pontos, e o dólar cedia para R$ 5,70 às 10h30. Em meio à queda de popularidade do governo, o presidente Lula declarou nesta quinta-feira que reduzir o preço dos alimentos é a prioridade do governo, embora não tenha detalhado como essa meta será atingida. “Agora, a carne começou a cair. Vai cair e pode ficar certo que vai cair e o povo vai voltar a comer a sua picanhinha, a sua costela, outro pedaço de carne que ele deseja”, disse em entrevista à Rádio Tupi na manhã desta quinta-feira, 20.

O mercado também repercute os balanços financeiros divulgados ontem, após o encerramento do pregão, com prejuízo da Vale – o que já era esperado – e lucro do Banco do Brasil.

A ata do Federal Reserve (Fed) também repercute nos mercados, reforçando a mensagem de que, por ora, o banco central americano não prevê cortes nas taxas de juros. O documento destacou preocupações sobre os impactos inflacionários das políticas tarifárias de Donald Trump, reacendendo o debate sobre os efeitos do protecionismo na economia global.

Apesar do cenário morno, as commodities surgem como um ponto de otimismo. O minério de ferro registrou alta de 2,26%, e o petróleo também avança, repercutindo as negociações em torno de uma possível resolução do conflito na Ucrânia. Além disso, o mercado aguarda os dados sobre estoques de petróleo bruto e derivados dos Estados Unidos, que podem influenciar o preço do barril.