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Facebook agora diz que 87 milhões de usuários que tiveram dados expostos

Rede social anunciou várias mudanças que visam reduzir o acesso a informações pessoais de seus usuários com aplicativos ou outras pessoas

Por Da redação
Atualizado em 4 abr 2018, 21h20 - Publicado em 4 abr 2018, 17h42

Não foram 50 milhões de usuários do Facebook que tiveram seus dados pessoais vazados para a Cambridge Analytica, consultoria que prestou serviços para a campanha presidencial de Donald Trump. A rede social elevou esse número para 87 milhões ao anunciar hoje quais restrições seriam impostas aos aplicativos parceiros.

“No total, acreditamos que as informações do Facebook de até 87 milhões de pessoas – a maioria nos EUA – podem ter sido compartilhadas de maneira imprópria com a Cambridge Analytica por aplicativos que eles ou seus amigos usaram”, disse Mike Schroepfer, diretor-executivo de Tecnologia do Facebook em postagem no blog da companhia.

No post, ele fala quais são as alterações que o Facebook está fazendo para proteger as informações dos usuários. “Acreditamos que essas mudanças protegerão melhor as informações das pessoas e, ao mesmo tempo, permitirão que os desenvolvedores criem experiências úteis.”

Uma das principais mudanças diz respeito ao Facebook Login, que permitia o compartilhamento de dados dos usuários com aplicativos parceiros da rede social, como aqueles que desenvolvem games ou quiz. “As pessoas não poderão mais conceder aos apps acesso a informações pessoais, incluindo crenças religiosas ou políticas, status e detalhes de relacionamento, listas personalizadas de amigos, histórico escolar e profissional, atividades físicas, de leitura e musicais, leitura de notícias, hábitos de assistir a vídeos e de acesso a jogos.”

A empresa diz que vai remover na próxima semana a capacidade dos desenvolvedores de solicitar dados que as pessoas compartilham com eles caso o aplicativo não tenha sido usado nos últimos três meses.

A mudança também atinge quem utilizava a busca de contas por meio do número de telefone ou endereço de e-mail de outra pessoa. A rede social afirma que essa ferramenta “foi importante para encontrar amigos em idiomas que exigem mais esforço para digitar um nome completo, ou em casos onde muitas pessoas têm o mesmo nome”. “No entanto, agentes maliciosos também abusaram desses recursos para coletar informações de perfis públicos ao enviar números de telefone ou endereços de e-mail que já possuíam por meio de pesquisa e recuperação de conta. Dada a escala e a sofisticação da atividade que vimos, acreditamos que a maioria das pessoas no Facebook poderia ter tido seu perfil público afetado. Então agora desativamos esse recurso.”

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