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EXCLUSIVO: Marcelo Claure, do Softbank, assume Conselho da WeWork

Fundador da empresa, Adam Neumann, será afastado de todos os cargos que ocupa

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Filipe Vilicic Atualizado em 22 out 2019, 17h13 - Publicado em 22 out 2019, 15h51

Em meio a uma reestruturação, a startup WeWork anunciará nos próximos dias o troca da Presidência do Conselho de Administração da empresa. No lugar do fundador Adam Neumann, entrará o CEO da  japonesa Softbank Group International, Marcelo Claure, confirmou uma fonte a VEJA. O nome do CEO da WeWork, cargo também ocupado por Neumann, não está definido, mas Claure já decidiu não acumular as duas funções.

Especulava-se, no início das negociações, que Neumann fosse permanecer no posto de presidente do Conselho, mas o fundador da empresa será definitivamente afastado de todos os cargos.

Após a frustrada tentativa de abrir capital, a WeWork iniciou um processo de reestruturação exigido pelos sócios. Hoje, o Softbank é o segundo maior detentor de ações da startup e define os últimos pontos para a aquisição de uma participação majoritária na companhia.

De acordo com a rede americana CNBC, o fundo japonês vai oferecer 1 bilhão de dólares pelas ações de Neumann, além de um pagamento de 185 milhões de dólares a título de consultoria. Assim, o fundador, apesar de ter gerado prejuízos astronômicos aos investidores, sairá como um bilionário ao final do processo.

Claure chegou ao Softbank em 2014, quando o fundo de venture capital japonês realizou um investimento na empresa de telecomunicações Brightstar — fundada em 1997 por Claure — de 1,3 bilhão de dólares. Depois de extensas negociações, a Brightstar acabou assumindo a divisão de Serviços e Comércio do próprio Softbank, elevando Claure à posição de diretor do fundo criado por Masayoshi Son.

O empreendedor, nascido na Bolívia e com cidadania americana, é o diretor-executivo operacional (COO) do Softbank e presidente executivo (CEO) do Softbank Group International. Além das atividades na empresa, ele é dono dos clubes de futebol Bolívar (da Bolívia) e Inter Miami (dos Estados Unidos). Ele também criou o 1 Million Project, trabalho filantrópico para levar internet a um milhão de alunos desconectados.

Aquisição da WeWork

O negócio entre o Softbank e a WeWork, segundo a imprensa americana, avalia a startup americana entre 7,5 bilhões de dólares e 8 bilhões de dólares (aproximadamente 33 bilhões de reais) — o fundo já possui 30% de participação na empresa. Os japoneses, segundo a CNBC, planejam realizar aportes de até 5 bilhões de dólares na empresa de escritórios compartilhados. O acordo deve ser anunciado ainda nesta semana.

O acordo faz derreter o valor de mercado da empresa. A WeWork já foi avaliada em 47 bilhões de dólares e planejava oferecer suas ações na bolsa americana. O plano era abrir o capital da empresa a valores superiores a 40 bilhões de dólares. Contudo, o prejuízo de 1,6 bilhão de dólares no ano passado frustrou o ímpeto dos investidores e mancharam a reputação do fundador Adam Neumann — que já era questionada. Um dos exemplos dos maus investimentos foi o aporte feito por ele em uma startup que promete estender a vida das pessoas, a Life Bioscience.

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A empresa está presente em 111 cidades no mundo e possui mais de 500 mil membros (locatários). No Brasil, ocupa andares inteiros em 30 endereços, entre eles, na Avenida Paulista e na Avenida Faria Lima, em São Paulo, e no Leblon, no Rio, zonas nobres das principais cidades brasileiras.

Com a percepção de que a WeWork gastava demais e arrecadava de menos, o mercado minguou as avaliações da empresa e a oferta pública inicial (IPO, em inglês) foi por água abaixo. Em setembro, a empresa anunciou que havia desistido da operação.

O caso enfureceu investidores, que veem em Neumann um irresponsável — outro exemplo de sua personalidade excêntrica: ele distribuiu tequila em uma reunião na qual dispensou 7% dos trabalhadores da WeWork. Apesar do prejuízo bilionário, o fundador da WeWork gosta de organizar eventos com os executivos do grupo regados a bebida alcoólica e apresentações de artistas do calibre de Red Hot Chilli Peppers, Lorde e Florence and The Machine.

As reuniões do Conselho da WeWork serão muito menos animadas, e mais tensas, sob a presidência de Claure.

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