EUA têm 236 mil pedidos de seguro-desemprego na terceira semana de junho

Número veio abaixo da estimativa do mercado, mas contexto é desafiador para o emprego no país

Por Felipe Erlich SEGUIR SEGUINDO 26 jun 2025, 12h42

Bandeira EUA (Tom Pennington/Getty Images/VEJA)

Os Estados Unidos somaram 236 mil novos pedidos de seguro-desemprego na semana encerrada em 21 de junho, segundo informou o Departamento de Estatísticas de Trabalho do país, nesta quinta-feira, 26. O número representa uma queda de 10 mil pedidos de seguro-desemprego ante a semana anterior. Além disso, o dado veio abaixo das expectativas do mercado, que previa 245 mil novos pedidos para a semana passada. O início das férias escolares nos EUA é apontado como um dos fatores que contribuem para que o volume de pedidos de seguro-desemprego siga elevado.

Os pedidos continuados de seguro-desemprego atingiram o patamar de 1,974 milhão na semana encerrada em 14 de junho. Trata-se do maior nível desde novembro de 2021, há mais de três anos e meio. O número indica um cenário de piora no desemprego no país, que hoje se encontra em 4,2%.

O dado abaixo das expectativas do mercado evidencia uma situação complexa para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que tenta desacelerar a roda da economia dos EUA para que a inflação no país seja domada. A autoridade monetária pausou o seu ciclo de corte de juros em meio a incertezas a respeito do rumo da economia do país — motivadas em parte pelas tarifas protecionistas do presidente Donald Trump e os conflitos no Oriente Médio. O banco mostra não ter pressa para avaliar o impacto efetivo dessa conjuntura nos preços e, por isso, a pausa no ciclo monetário. A taxa básica de juros americana está no intervalo entre 4,25% e 4,5% desde dezembro do ano passado.