EUA levantam moratória à exploração no Golfo do México
Após ser pressionado por empresas do setor de gás e óleo, o governo americano suspende o recurso
O governo dos EUA anunciou nesta terça-feira a suspensão de moratória referente à exploração de petróleo em águas profundas no Golfo do México, menos de um mês após selar o poço que produziu o vazamento de petróleo da BP. Em entrevista coletiva, o secretário do Interior, Ken Salazar, assegurou a plenitude e o embasamento sólido – por meio de relatórios enviados pelo regulador das atividades de exploração – da decisão. Com isso, acaba uma proibição de mais de quatro meses que gerou reclamações nos estados da costa do Golfo pelos prejuízos causados à economia local.
Salazar ainda deve anunciar que a retomada da exploração de petróleo e gás em águas profundas é apropriada, contanto que as companhias cumpram as regulamentações, incluindo as impostas após o vazamento da BP, segundo um documento obtido pela Dow Jones.
Entre os temas mais importantes, consta que os executivos chefes de cada companhia devem garantir em um documento que são cumpridas as exigências. Além disso, antes dessa exploração começar, a agência encarregada de monitorar os processos planeja inspecionar cada plataforma. “Nós iremos fazer inspeções em todas as plataformas em águas profundas antes de podermos dar o sinal verde para retomar a exploração em águas profundas”, adiantou o diretor do Escritório de Gerenciamento, Regulação e Sanção do Gerenciamento de Energia do Oceano, Michael Bromwich, falando a repórteres nesta terça-feira.
O governo americano procurou tornar mais eficiente a regulação das explorações, por meio de questões que vão desde o aumento da segurança nas operações até o treinamento de pessoal.
Mudanças – A moratória foi imposta logo após o desastre causado pela empresa petrolífera britânica BP, em 20 de abril, no Golfo do México, onde mais de cinco milhões de barris de petróleo vazaram de uma de suas plataformas. Este fato configurou o maior vazamento de petróleo em águas americanas da história. No entanto, pressões provenientes dos setores de óleo e gás, que atestavam possíveis prejuízos econômicos trazidos pela suspensão das operações, forçou o desaparecimento do recurso. A moratória seria válida, inicialmente, até 30 de novembro.
(com EFE e Agência Estado)