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EUA e China, uma guerra comercial de US$ 100 bilhões

Os Estados Unidos sobretaxou mil produtos chineses. Já Pequim aplicou novas alíquotas sobre US$ 16 bilhões de produtos americanos.

Por AFP 23 ago 2018, 09h04

Motos Harley-Davidson, soja e uísque americano, máquinas e circuitos integrados chineses: a partir desta quinta-feira as tarifas de importação adotadas mutuamente por Estados Unidos e China alcançam 100 bilhões de dólares.

A partir desta quinta-feira, Washington adotou tarifas de importação de 25% sobre quase mil produtos chineses, cuja importação aos Estados Unidos representa um valor anual total de 50 bilhões de dólares.

Quase 34 bilhões de dólares já estavam sobretaxados desde julho, Agora Washington ampliou as tarifas a outros US$ 16 bilhões de produtos importados da China.

 

Pequim contra-atacou nesta quinta-feira ao aplicar novas tarifas sobre 16 bilhões de dólares de produtos americanos.

Na mira

A medida de Washington é dirigida principalmente contra os produtos chineses que se beneficiam das “práticas comerciais desleais”, como as transferências forçadas de tecnologia, denunciada pela administração do presidente Donald Trump.

Desta maneira, computadores, componentes eletrônicos e ferramentas mecânicas se encontram entre os bens mais atingidos, com um total de 1,1 bilhão de dólares em importações de microprocessadores, e outras máquinas eletrônicas.

Outro alvo de Washington são os circuitos integrados, em um total de 700 milhões de dólares, assim como as células fotovoltaicas, que a cada ano os EUA importa por 500 milhões de dólares, e as memórias dos computadores, outros 400 milhões de dólares.

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A lista negra dos Estados Unidos inclui máquinas para ordenhar vacas, incubadoras de frangos, registradores de voo, tubos para radiografias, escavadeiras e motocicletas.

Embora os cinco principais produtos das tarifas somem 9 bilhões de dólares, existem artigos na lista com um peso menos importante. Helicópteros, tubos para micro-ondas, peças para reatores nucleares, telescópios e locomotivas também estão na mira, embora tenham sido poucas as trocas desses produtos nos últimos dois anos.

Bens intermediários

Segundo os economistas do Peterson Institute for International Economics, 95% dos produtos afetados pelas tarifas impostas por Washington são produtos intermediários ou de bens de equipamento que afetam indiretamente a indústria americana.

Até o momento, a China impunha tarifas às importações de 650 produtos americanos, principalmente produtos agrícolas, alimentos, petróleo, plástico e produtos químicos.

O produto mais sensível afetado pela decisão de Pequim é a soja dos Estados Unidos. Além disso, foram sobretaxadas as carne bovina e suína, pescados, frutas, caviar, o uísque, suco de laranja, automóveis e as motocicletas, incluindo a icônica Harley Davidson.

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Os 50 bilhões de dólares de bens taxados que os países impõem são apenas o primeiro passo na guerra comercial.

Os serviços do representante de Comércio dos Estados Unidos trabalham em tarifas alfandegárias de 25% sobre as importações chinesas, no valor de 200 bilhões de dólares.

Esses impostos poderiam entrar em vigor no próximo mês. E como a China prometeu mais represálias, o presidente Trump inclusive ameaçou taxar as importações chinesas em 500 bilhões de dólares.

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