Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O recado dos motoristas de app sobre a proposta de Lula

Representantes dos trabalhadores criticam modelo previdenciário e a fórmula de remuneração fixa e dizem que vão tentar reverter pontos no Congresso

Por Juliana Elias Atualizado em 5 mar 2024, 08h54 - Publicado em 4 mar 2024, 17h02

O presidente Lula assinou nesta segunda-feira, 4, um projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo. A nova categoria mantém a autonomia, mas terá algumas regras como a contribuição previdenciária e limite de jornada. Muito celebrada pelo governo — já que era uma das promessas de campanha de Lula — a proposta não agradou tanto os motoristas.

Em um comunicado conjunto, a Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos (Fembrapp) e a Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) criticaram a proposta. Elas afirmam que o pagamento por hora, em lugar do pagamento por corrida, irá reduzir a remuneração dos motoristas, e também pleiteiam que o pagamento do INSS siga o modelo dos microempreendedores individuais (MEI), “o que diminuiria a burocracia e simplifica a cobrança”.

O modelo previdenciário previsto no Projeto de Lei prevê a contribuição de 7,5% do salário mensal por parte dos motoristas e 20% por parte das empresas de empresas, nos moldes das contribuições CLT, que variam de 7,5% a 14% para o funcionário, além da contribuição patronal. No modelo de MEI, é feito um recolhimento mensal por parte do detentor do CNPJ, com um valor de 5% do salário mínimo. Para profissionais autônomos, a contribuição varia de 11% a 20%.

As entidades, que representam os motoristas desde 2015, não participaram das discussões e dizem “não reconhecer a legitimidade de sindicatos e representantes do grupo de trabalho”, além de afirmar que irão trabalhar junto ao Congresso durante a tramitação do projeto para reverter os pontos de discordância.
“O pagamento por hora não leva em conta as variações de demanda (…). Os ganhos precisam levar em conta o quilômetro rodado e tempo, trânsito, distância e tempo de espera, que são fatores que influenciam diretamente na renda dos trabalhadores”, afirmaram as associações e nota. No projeto entregue pelo governo, há uma previsão de pagamento fixo de 32 reais por hora, que começa a contar a partir da primeira corrida aceita.

Os trabalhadores foram representados nas discussões junto ao governo por sindicatos dos motoristas de aplicativos ligados às centrais sindicais. “Os trabalhadores pediram pra gente a liberdade de trabalho, e nós defendemos isso no projeto de lei, mas não podemos deixar 1,5 milhão de trabalhadores no esquecimento”, disse, durante o evento de assinatura do projeto, o presidente do Sindicato dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo, Leandro Medeiros.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.