Entenda como é calculado o PIB, principal indicador da economia
São levadas em conta a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, seja no ano ou em trimestres
O Produto Interno Bruto (PIB) é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local. No Brasil, quem faz a medição é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nessa conta, entram os resultados da indústria, serviços e agropecuária. São considerados apenas o produto final vendido, por exemplo, um carro e não o aço e ferro da produção. Evita-se, assim, a contagem dupla de certas produções. “Se um país produz 100 reais de trigo, 200 reais de farinha de trigo e 300 reais de pão, seu PIB será de 300 reais, pois o valor da farinha e do trigo estão embutidos no valor do pão”, exemplifica o instituto.
Outra maneira de medir o índice é pela demanda. Para isso são considerados o consumo das famílias, o consumo do governo, os investimentos do governo e de empresas privadas e a soma das exportações e das importações. Os dois cálculos devem sempre chegar no mesmo resultado.
O IBGE explica que o PIB não é o total de riqueza existente no país mas sim um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante um período. Se um país não produzir nada em um ano, seu PIB será nulo.
Interpretação
A partir da performance do PIB, é possível traçar a evolução da economia, comparando seu desempenho ano a ano ou período a período. O PIB também permite fazer comparação com o tamanho das economias de diversos países. Também é possível medir o PIB per capita (divisão por habitante).
“O PIB é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a compreender um país, mas não expressa importantes fatores como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde. Um país pode ter um PIB baixo, como a Islândia, e ter um altíssimo padrão de vida. Ou, como no caso da Índia, um PIB alto e um padrão de vida relativamente baixo”, afirma o IBGE.