O argumento da Stara sobre a carta pessimista à possível vitória de Lula
A empresa publicou um vídeo com o presidente da Stara, Átila Stapelbroek Trennepohl, explicando o conteúdo do comunicado
Nesta terça-feira, 4, circula nas redes sociais uma carta enviada pela empresa de máquinas e implementos agrícolas Stara aos fornecedores. Nela, o diretor administrativo financeiro Fabio Augusto Bocasanta afirma que a empresa “deverá reduzir sua base orçamentária para o próximo ano em pelo menos 30% (trinta por cento)” caso o resultado do primeiro turno das eleições se mantenha no segundo turno, “consequentemente o que afetará o nosso poder de compra e produção, desencadeando uma queda significativa em nossos números”.
Após o vazamento do comunicado, a empresa publicou um vídeo em suas redes sociais no qual Átila Stapelbroek Trennepohl, presidente da Star, explicou que comunicar as previsões para o próximo ano é uma prática comum seguida todos os anos no mês de agosto pela empresa, e que planejou “o crescimento acima de 30% neste período de agosto que passou”. Porém, o presidente afirma que “devido a toda instabilidade econômica que estamos vivendo, estamos refazendo as nossas projeções para 2023, o que é absolutamente natural dentro das empresas”.
Trennepohl tranquilizou ainda que não haverá demissões em massa na empresa: “não acreditem em fake news, que falam que a Stara vai demitir 500, 1 mil, ou 1,5 mil, isso não é verdade, não é isso que a Stara passou para o mercado, e muito menos queremos coagir pessoas para votar no ‘A’ ou votar no ‘B’. Somos uma empresa séria que tem responsabilidade com a nossa cadeia produtiva, com os nossos clientes e colaboradores.”
Um dos financiadores da campanha para a reeleição do presidente, Gilson Lari Trennepohl, vice-prefeito de Não-me-Toque, realizou uma doação de 350 000 reais para a campanha do atual mandatário. Ele fez carreira na empresa Stara. Segundo o portal Metrópoles, a companhia já recebeu 2,1 milhões de reais do Ministério da Ciência e Tecnologia.