Empresa agrícola diz que diminuirá produção, se Lula vencer segundo turno
O diretor financeiro da companhia mostrou desconfiança com o futuro cenário econômico do país, se o petista se tornar presidente
A possível vitória de Lula no segundo turno das eleições deixou receosa uma tradicional empresa do agronegócio do Rio Grande do Sul, na cidade de Não-me-Toque. A Stara Indústria de Implementos Agrícolas revelou, em carta enviada a fornecedores, que vai reduzir a base orçamentária em um terço, caso o resultado do pleito, no dia 30 deste mês, mantenha o candidato petista como favorito. “Afetará o nosso poder de compra e produção, desencadeando uma queda significativa em nossos números”, revela a carta escrita por Fabio Augusto Bocasanta, diretor administrativo financeiro da Stara.
Procurada, a assessoria da empresa afirmou que não irá se comunicar até a parte da tarde, momento em que o setor jurídico da companhia irá liberar um comunicado oficial. Essa movimentação pode ser justificada pela relação que a empresa mantém com o governo Bolsonaro e pode desencadear movimentos no mesmo sentido de outras companhias do agronegócio.
Um dos financiadores da campanha para a reeleição do presidente, Gilson Lari Trennepohl, vice-prefeito de Não-me-Toque, realizou uma doação de 350 000 reais para a campanha do atual mandatário. Ele fez carreira na empresa Stara. Segundo o portal Metrópoles, a companhia já recebeu R$ 2,1 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia.