Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Em Santo André, fotos do terminal parado são enviadas aos chefes

Empresas avisaram que vão cortar o ponto de quem não chegar ao serviço, relatam trabalhadores

Por Thais Augusto
Atualizado em 24 set 2018, 11h29 - Publicado em 28 abr 2017, 07h09

Cerca de dez pessoas reuniam-se no Terminal Rodoviário de Santo André por volta das 5h40 na esperança de conseguir chegar ao trabalho com o transporte público. Duas mulheres, que não quiseram se identificar por receio da repercussão negativa no trabalho, apoiavam a greve geral, convocada pelas centrais sindicais. “Para o nosso Brasil mudar tem que fazer isso, tem que parar tudo mesmo”, disse uma delas.

Para comprovar a dificuldade de chegar até o trabalho, uma delas tirou fotos do terminal. Isso porque a firma onde trabalha ameaçou cortar o ponto dos funcionários que não fossem. Na empresa da outra entrevistada, o ponto também seria cortado sem a presença do funcionário. Ela trabalha no centro de Santo André.

Desde cedo, o sindicato dos Comerciários de São Paulo realiza protesto na frente da CPTM, localizada na mesma rua da estação de ônibus. A categoria convidava a população a ficar em casa e lutar contra as reformas. Cerca de duas viaturas da Polícia Militar acompanhavam o ato.

Um pouco mais tarde, às 6 horas, o ajudante de produção Daniel Godoy, de 32 anos, chegou ao terminal. Ele, que andou 40 minutos até o local, queria chegar ao Tamanduateí, onde trabalha. Apesar da caminhada, o ajudante encontrou o local vazio e sem nenhuma opção de transporte para voltar pra casa. “A empresa não vai gostar, mas eles tinham que ter arrumado uma solução porque estão anunciando a greve faz tempo”.

A única orientação que sua empresa forneceu foi ligar ao RH a partir das 8 horas e informar a situação. “Concordo com a greve, mas tinham que fazer alguma coisa de forma que não prejudique quem precisa ir trabalhar”.

Continua após a publicidade

O auxiliar de produção Daniel Adevides, 23, precisava realizar o trajeto de ônibus até o Terminal Mercado, em São Paulo. Ele, que sabia da paralisação, veio apenas tirar fotos da paralisação para comprovar a falta de transporte. Mesmo assim, Adevides confirmou com funcionários do terminal de Santo André que os ônibus não iriam circular por 24 horas. “Sou contra as reformas, essa greve é boa e ruim ao mesmo tempo”.

Até as 6h40, quatro viaturas com cerca de 10 policiais monitoravam a estação de trem de Santo André. Duas viaturas de atendimento de emergência também estavam no local. Nesse horário, cerca de 20 pessoas ainda aguardavam para tentar conseguir um transporte.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.