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Eldorado Brasil Celulose: Resultados históricos e planos de longo prazo

Após aquisição pela J&F, em maio de 2025, a empresa acelera planos e comemora desempenho recorde

Por Michele Loureiro
31 out 2025, 06h00

A Eldorado Brasil Celulose se organiza para fortalecer sua estrutura de capital e dar continuidade a uma política de sustentabilidade integrada. A companhia brasileira se consolida dentro do maior conglomerado empresarial privado do país após a aquisição integral pela J&F, que em maio de 2025 comprou por 15 bilhões de reais a participação detida pela Paper Excellence, da Indonésia. “Isso amplia a segurança para planejar investimentos e nos coloca em uma posição estratégica para executar uma agenda de crescimento sustentável no longo prazo”, afirma Fernando Storchi, diretor financeiro e de relações com investidores da Eldorado Brasil Celulose.

Essa confiança para investir se apoia em uma operação que vem acelerando. No segundo trimestre de 2025, a empresa produziu 464 000 toneladas de celulose, elevando o acumulado do semestre ao maior volume de sua história: 916 000 toneladas. O lucro líquido alcançou 751 milhões de reais, quase dez vezes o do mesmo período do ano anterior, impulsionado por ganhos operacionais e um câmbio favorável. O Ebitda ajustado foi de 811 milhões, com margem de 56%, e o fluxo de caixa livre somou 669 milhões de reais, avanço expressivo frente a 2024. “Esses números comprovam a solidez da operação e a força de um time de 6 000 colaboradores que sustentam a competitividade da Eldorado”, afirma Storchi.

Fernando Storchi, diretor: competitividade para exportar para quarenta países
Fernando Storchi, diretor: competitividade para exportar para quarenta países (@fernando storchi/Linkedin/.)

Além dos resultados financeiros, a empresa segue investindo em infraestrutura própria para reduzir custos logísticos e elevar a eficiência nas exportações — um desafio constante em um país de dimensões continentais, com longas distâncias entre florestas, fábricas e portos. Um exemplo é o terminal portuário próprio da companhia, em Santos (SP), que ampliou a capacidade de exportação de celulose em condições competitivas.

Integrada a essa estratégia operacional, a pauta ESG é outro pilar central. A Eldorado mantém todas as principais certificações internacionais e apresenta números expressivos: em doze anos, sequestrou doze vezes mais carbono do que emitiu, além de gerar sua energia e operar com uso eficiente da água. A empresa reforça que a celulose tem papel estratégico por ser renovável, sustentável e alinhada à agenda de baixo carbono. “Esse conjunto assegura competitividade no presente e posiciona a empresa para um crescimento sustentável no futuro”, diz Storchi.

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Para Daniel Fumo, sócio da PwC Brasil, o mercado de papel e celulose atravessa um ciclo de ajuste após a queda de preços provocada pelo aumento da oferta global em 2024, além de enfrentar entraves logísticos e de escassez de mão de obra. “A inovação passa a ser essencial para aumentar a produtividade e reduzir custos. Automação e inteligência artificial ganham espaço ao otimizar processos e mitigar a falta de pessoal”, afirma Fumo. Ciente desse cenário, Storchi destaca que os desafios fazem parte da dinâmica natural de um setor cíclico e globalizado, exigindo atenção constante. E considera: “O que sustenta a Eldorado é a disciplina em eficiência operacional, uma gestão financeira sólida com amplo acesso a crédito e a diversificação de mercados, já que a companhia atua em quarenta países”.

Publicado em VEJA, outubro de 2025, edição VEJA Negócios nº 19

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