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Economistas reduzem estimativa de inflação para 3,25% neste ano

Projeção para o IPCA teve a sexta redução consecutiva, após indicador de janeiro ter registrado o menor índice em 25 anos

Por Alessandra Kianek Atualizado em 10 fev 2020, 10h14 - Publicado em 10 fev 2020, 09h52

Economista e analistas das principais instituições financeiras do país reduziram a expectativa para a inflação deste ano, pela sexta semana consecutiva. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, caiu de 3,40% para 3,25%. A informação consta do boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, que traz projeções de especialistas para os principais indicadores econômicos. Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%.

A revisão vem em linha com a desaceleração dos preços no início deste ano. Ao ser divulgado na sexta-feira, 7, a inflação de janeiro surpreendeu e veio abaixo das expectativas. O indicado desacelerou para 0,21%, depois de registrar alta de 1,15% em dezembro, registrando o menor índice para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020. Para 2021, a meta é 3,75% e, para 2022, 3,50%. O intervalo de tolerância para cada ano é 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo – ou seja, em 2020, por exemplo, o limite mínimo da meta de inflação é 2,5% e o máximo, 5,5%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 4,25% ao ano. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic, pela quinta vez seguida, com corte de 0,25 ponto percentual. Para o mercado financeiro, a Selic deve ser mantida no atual patamar até o final deste ano, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.

Em 2021, a expectativa é de aumento da taxa básica, encerrando o período em 6% ao ano. Para o final de 2022 e 2023, a previsão é 6,5% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida pelos economistas em 2,30% no final deste ano. O mercado financeiro prevê para a cotação do dólar esteja em 4,10 reais no fim deste ano. 

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