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Economia britânica não vê milagre olímpico

Com o fim dos jogos em Londres, analistas e empresários avaliam que a contribuição para a expansão do PIB foi pífia

Por Da Redação
12 ago 2012, 16h57

Apesar do desempenho positivo dos atletas britânicos nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o evento não gerou os resultados esperados para a economia local, o que decepcionou principalmente os setores de comércio e serviços. A Federação de Comerciantes Britânicos (BRC) disse que em julho as vendas cresceram apenas 0,1%. O maior efeito positivo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) veio com o gasto em infraestrutura – construção de estádios e de novas linhas de trem -, graças a um orçamento para os Jogos de 9,3 bilhões de libras (11,8 bilhões de euros ou 14,6 bilhões de dólares). Ainda assim, o impulso à atividade econômica no terceiro trimestre deve ser, segundo analistas, bastante limitado: apenas três décimos de ponto porcentual.

Uma das maiores decepções foi com o segmento de turismo. “Todos os sinais mostram que os Jogos Olímpicos não trouxeram mais visitantes a Londres e ao Reino Unido. Pode ser até que o número tenha caído em mais de 30%”, lamentou Mary Rance, diretora-geral da associação de profissionais do turismo UKinbound. “Os hoteis têm recuado seus preços e muitas lojas, restaurantes, teatros e outros serviços constataram uma queda significativa de sua atividade”, explicou.

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A decepção do turismo

Uma parte dos visitantes habituais preferiu evitar a capital por temer uma saturação do transporte e uma inflação dos preços. Os espectadores que vieram ver as provas e as delegações não foram suficientes para compensar a diferença, dizem os comerciantes.

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Parte dessa retração no transporte, segundo os comerciantes, deve-se à campanha de comunicação alarmista realizada pela prefeitura e pela Transport for London – organismo que administra os transportes públicos da capital, que desaconselha há meses os lugares mais frequentados do centro de Londres, temendo uma congestão da rede.

Estagnação – “Esperamos agora uma pequena contribuição ao crescimento graças à venda de entradas para as provas e aos direitos de retransmissão televisivos”, declarou nesta semana Spencer Dale, economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), que acaba de reduzir a zero as perspectivas de crescimento do Reino Unido para este ano.

Falta estimar os efeitos de longo prazo, quantificados pelo primeiro-ministro britânico David Cameron em mais de 13 bilhões de libras (16,6 bilhões de euros, 20,4 bilhões de dólares) em quatro anos. “Esta cifra é um pouco exagerada, sabendo que Cameron não leva em conta neste momento os lucros da construção, que são majoritários”, disse Slavena Nazarova, economista do Credit Agricole Corporate and Investment Bank.

(com Agence France Presse)

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