Em dia de feriado nos EUA, dólar e Ibovespa sobem de olho em desaprovação do governo
Em dia de liquidez reduzida por feriado nos EUA, mercado repercute pesquisa Datafolha, à espera de novos catalisadores

Com poucos catalisadores para os negócios no cenário internacional, devido ao feriado do Dia dos Presidentes nos EUA, que manteve os mercados fechados por lá, o dólar encerrou em leve alta de 0,29% nesta segunda-feira 17, cotado a 5,71 reais. Por aqui, ainda de olho na baixa aprovação do governo Lula, o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,26% no fim do pregão, em 128.552 pontos.
Em um mercado sem grande liquidez por causa do feriado americano, os investidores continuam repercutindo a queda de popularidade do governo petista, segundo pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira 14. A aprovação do governo desabou para 24%, menor nível em seu histórico de três mandatos, segundo o levantamento. No dia da divulgação dos dados, o Ibovespa havia encerrado com alta de 2,70%, a maior alta diária desde o dia 11 de dezembro.
A agenda local de indicadores teve repercussão limitada no mercado. Pela manhã, o Boletim Focus mostrou um aumento das estimativas de inflação dos economistas para 5,60% neste ano, ante 5,58% projetados na semana passada — acima do teto da meta. Segundo o Boletim, economistas também revisaram para baixo o crescimento da economia em 2025, esperado em 2,01%, ante 2,03% na semana passada.
Ainda no campo dos indicadores, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), comumente usado como “prévia” do produto interno bruto (PIB), recuou 0,7% no último trimestre de 2024, a maior contração desde julho do mesmo ano, quando recuou 0,4%. No ano como um todo, o crescimento da economia foi de 3,8%.
O fechamento das bolsas americanas serviu de oportunidade para os investidores voltarem à trégua de curto prazo na busca por proteção contra o risco gerado pelo vaivém no cenário comercial global, após as recentes decisões do presidente dos EUA, Donald Trump. Na última terça-feira 11, Trump decretou tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, além de tarifas recíprocas, que consistem em cobrar sobre importações estrangeiras o mesmo percentual de tarifas que esses países aplicam sobre produtos americanos.