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Dólar encosta nos R$ 5,27 em segundo dia de forte alta

Moeda atingiu maior valor em mais de um ano; Nível só não é superado pelos valores nos primeiros dias do governo Lula, quando o dólar chegou a R$ 5,45

Por Luana Zanobia Atualizado em 16 abr 2024, 22h56 - Publicado em 16 abr 2024, 17h07

O dólar comercial voltou a escalar nesta terça-feira, 16, impulsionado pelas  tensões no Oriente Médio, redução das expectativas de corte nos juros americanos e alterações nas metas fiscais brasileiras. A moeda americana fechou o dia negociada com alta de 1,61%, cotada a 5,269 reais, atingindo máximas não vistas em mais de um ano. Este nível só não é superado apenas pelos valores observados nos primeiros dias da terceira gestão do presidente Lula, quando o dólar chegou a ser negociado a cerca de 5,45 reais.

A tensão global se intensifica com a possibilidade de uma retaliação de Israel ao ataque iraniano ocorrido no último fim de semana. Este cenário de incerteza faz com que investidores busquem segurança em ativos considerados mais estáveis, como o dólar, que se valoriza especialmente frente às moedas de países emergentes, como o Brasil.

Além das questões geopolíticas, a alteração nas expectativas em relação à política monetária dos Estados Unidos também impacta o câmbio. Além desse cenário externo, fatores domésticos também estão contribuindo para desvalorização do real. A entrega do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo governo brasileiro, que ajustou a meta fiscal de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para um déficit zero no próximo ano, aumenta os temores do mercado em relação à responsabilidade fiscal do governo, pois essa alteração indica mais espaço para governo gastar e descredibiliza o arcabouço fiscal.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, expressou preocupações com a mudança na meta fiscal, destacando a necessidade de alinhamento entre as políticas monetária e fiscal. Com a economia americana ainda mostrando sinais de robustez, o Banco Central ainda enfrenta o desafio de gerenciar o diferencial de juros com os Estados Unidos sem agravar as pressões inflacionárias internas. A última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizava uma possível moderação no ritmo de cortes da taxa Selic, sugerindo um ajuste de apenas 0,5 ponto percentual na próxima reunião.

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