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Dólar sobe a R$ 4,14 com instabilidade interna e tensão entre China e EUA

Guerra comercial e dados divulgados pelo BC influenciam mercados; bolsa cai 1,3% para 96 mil pontos, no menor patamar em quase três meses

Por André Romani 26 ago 2019, 17h51

O dólar comercial subiu 0,4%, cotado a 4,14 reais na venda, nesta segunda-feira, 26, atingindo o maior patamar desde o dia 18 de setembro de 2018, período marcado pela tensão das eleições. O desempenho foi influenciado pela disputa comercial entre China e Estados Unidos e pelos dados fracos de transações correntes no Brasil. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou com queda de 1,3%, aos 96.429 pontos, menor patamar desde 6 de junho.

Após uma semana de escaladas nas tensões entre China e Estados Unidos, a situação teve certo alívio nesta segunda. O presidente americano, Donald Trump, disse, após a cúpula de líderes do G7 em Biarritz, França, acreditar que a China é sincera em querer chegar a um acordo, citando o que ele descreveu como aumento da pressão econômica sobre Pequim e o desemprego no país. Do outro lado, o vice-premiê chinês, Liu He, que tem liderado as negociações com Washington, afirmou que seu país está disposto a resolver a disputa comercial através de negociações “calmas” e se opõe à intensificação do conflito. Apesar disso, o mercado brasileiro teme que o cenário de aversão ao risco global causado pela guerra leve a uma debandada de investimentos para fora do país.

O mercado também refletiu o resultado de pesquisas de avaliação do governo Jair Bolsonaro. Para os investidores, a deterioração de sua popularidade pode influenciar no andamento de reformas econômicas. Como mostrou VEJA, 48% dos brasileiros desaprovam a forma como Bolsonaro governa e outros 68% afirmam que as falas do presidente prejudicam em algum grau o andamento do governo.

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Além disso, foi divulgado nesta segunda pelo Banco Central um déficit em transações correntes de 9 bilhões de dólares em julho, pior dado para o mês em cinco anos. “Esses dados apontam deterioração continuada do setor externo”, afirmou André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton. “O saldo da balança comercial está revertendo na esteira da deterioração da Argentina e da guerra comercial que vem diminuindo a dinâmica da atividade global”, acrescentou.

O desempenho negativo da bolsa foi influenciado também pela queda das ações do banco de investimento BTG Pactual, que fecharam com desvalorização de 18,5%, após ter alcançado durante o pregão baixa de quase 30% e ter despontado como o papel mais negociado no dia. Na sexta-feira, 23, a Polícia Federal fez operações de busca e apreensão em endereços ligados ao banco.

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