Dólar recua e Ibovespa avança de olho em inflação no Brasil e possível alívio na guerra comercial
Inflação avança 0,43% em abril, menos do que em março; Trump dá sinais sobre negociação com China sobre 'tarifaço'

Em meio à divulgação de índices macroeconômicos no Brasil e ao alívio na guerra comercial travada por Donald Trump contra outros países do globo, o dólar fechou em baixa de 0,20% nesta sexta-feira, 9, cotado a R$ 5,65, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,21% no fim do pregão, aos 136.511 pontos.
No mercado doméstico, o resultado mensal da inflação do país foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice que mede a inflação, avançou 0,43%. Embora tenha desacelerado em relação ao mês de março, quando registrou alta de 0,56%, o índice continua sendo pressionado pelo grupo de alimentos e bebidas, que subiu 0,82% desta vez.
A isso se somam os resultados do banco Itaú, divulgados na noite anterior. A companhia, que é uma das mais influentes para os negócios no Brasil, lucrou 11,1 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 14% em um ano, com inadimplência em queda e carteira de crédito de 1,38 trilhão de reais. Os números chegaram alinhados às expectativas do mercado e são 2,2% maiores do que o lucro dos três meses anteriores. Em resposta, as ações do Itaú tiveram alta diária de 5,01%.
No exterior, o humor dos investidores fica mais alegre com a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está disposto a negociar com a China sobre o “tarifaço”. Em seu perfil na rede Truth Social, o republicano afirmou que que uma tarifa de 80% “parece correta”, mas que a China “precisa abrir seu mercado aos Estados Unidos”. O gesto é interpretado pelos negócios como uma abertura à diplomacia econômica.