Dólar recua de olho em medidas da China para aquecer economia; Ibovespa sobe
Governo chinês anuncia estímulos para amenizar 'tarifaço' de Trump; economia do Brasil cresce 0,90% em janeiro

O dólar fechou em baixa de 0,99%, cotado a 5,68 reais, enquanto o Ibovespa registrou alta de 1,46% no fim do pregão, aos 130.833 pontos, com investidores de olho em decisões na China para aquecer a economia e à espera da decisão de política monetária em diversos países, caso do Brasil e dos Estados Unidos. Hoje, o dólar atingiu o seu menor patamar de 2025, e o Ibovespa, por sua vez, o maior.
No mercado internacional, as atenções se voltam para a China, que anunciou a adoção de novas medidas a fim de aquecer a economia por meio de estímulos ao consumo. O plano do gigante asiático vem em meio às recentes promessas do governo chinês de apoiar a demanda em uma economia ameaçada pelo “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A notícia ajuda na melhora da percepção de risco dos investidores e consequente queda do dólar ante o real, sobretudo porque a China é um importante exportador de commodities para o Brasil.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, Trump voltou a falar publicamente sobre as tarifas de importação, mas sem grandes novidades que causassem reação nos mercados. O republicano reiterou neste domingo 16 que não pretende recuar na imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio e que não haverá exceções entre os países.
No cenário doméstico, além do Boletim Focus, o mercado acompanhou a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia” do produto interno bruto (PIB), que apontou um crescimento de 0,90% na atividade econômica do país de dezembro de 2024 para janeiro deste ano. O resultado veio bem acima das expectativas de analistas, que projetavam uma alta de 0,22%. A relevância do índice se dá por ser um dos indicadores usados pelo BC para balizar a taxa de juros.
Agora, a expectativa é grande para a chamada “Super Quarta”, com a decisão de política monetária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Lá fora, a perspectiva é de que a taxa seja mantida no atual nível, enquanto no Brasil os investidores esperam uma alta de 1 ponto percentual na Selic.