Economia

Dólar fecha em R$ 5,87 e Ibovespa cai na primeira ‘Superquarta’ do ano

Moeda americana é cotada em R$ 5,87; Ibovespa cai à espera de decisão do Banco Central para a Selic

Por Leticia Yamakami SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 29 jan 2025, 18h23 - Publicado em 29 jan 2025, 17h26

site — Moeda americana encerra perto da estabilidade após decisão do Fed (Divulgação/Divulgação)

Na primeira “Superquarta” do ano, dia marcado por decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, o dólar fechou em leve baixa de 0,06%, cotado em R$ 5,87. Já o Ibovespa, principal índice da B3, apresentou uma queda de 0,5% em seu fechamento, a 123.432 pontos.

No cenário doméstico, o mercado mantém expectativas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), quando será divulgada a nova taxa Selic. O anúncio deve ocorrer por volta das 18h30, após o fim do segundo dia de reunião. As previsões são de aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, elevando a taxa para 13,25% ao ano, conforme indicado pelo Banco Central. Se confirmado, o aumento de hoje dos juros no Brasil traria a taxa ao nível de 2023, com um maior diferencial de juros em relação aos EUA.

Gabriel Galípolo também é um fator decisivo para o movimento do câmbio, que se acomoda abaixo dos 6 reais na confiança de que seu mandato seguirá o que foi indicado, com autonomia e independência. Isso se torna especialmente importante em um momento em que o o BC vem intervindo no mercado de câmbio para enfrentar a volatilidade, com mais um leilão de 2 bilhões de dólares realizado nesta manhã.

No mercado internacional, o Fed, banco central Estados Unidos, foi na direção contrária do Brasil e manteve inalterada a taxa de juros do país, mantendo-a entre 4,25% e 4,5% ao ano. Segundo analistas, a decisão foi previsível, mas com futuro incerto devido a pressões políticas vindas da Casa Branca, com potenciais políticas inflacionárias. O presidente americano, Donald Trump, pressiona o Fed para reduzir os juros mais agressivamente. A autoridade monetária, por outro lado, garantiu em comunicado que só fará movimentos “se surgirem riscos que possam impedir a obtenção das metas do Comitê”.