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Dólar encerra semana em alta e vai a R$ 5,73; Ibovespa tem sessão negativa

Moeda americana acumula alta de 0,6% em cinco dias, de olho em questões comerciais e geopolíticas; Ibovespa vai a 127 mil pontos

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 fev 2025, 19h07 - Publicado em 21 fev 2025, 18h10

Os mercados de câmbio e bolsa no Brasil tiveram uma semana marcada pelo mau humor dos investidores, em meio a uma agenda de indicadores mais fraca, mas com diversos desdobramentos importantes na cena comercial no exterior e geopolítica. No fim da sessão, o dólar registrou alta de 0,5%, a R$ 5,73, enquanto o Ibovespa diminuiu as perdas no fim dos negócios e terminou em queda de 0,37%, aos 127.128 pontos.

Na semana, o dólar acumulou alta de 0,6%, enquanto o Ibovespa cedeu de mais de 0,9% em cinco dias.

No radar dos investidores está a agenda de tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Após a imposição da tarifa de 25% para as importações de alumínio e aço, Trump também colocou na mesa as tarifas recíprocas, em que os produtos importados são taxados na mesma proporção que produtos americanos importados por outros países. Na sequência, entraram para a lista de “possíveis taxados” a madeira e produtos florestais, além de semicondutores, chips, produtos farmacêuticos, medicamentos e automóveis.

Depois de um primeiro impacto negativo, os investidores receberam a decisão de Trump como uma abertura de diálogo com outros países do que propriamente o começo de uma guerra comercial. As maiores dúvidas ficam, por ora, sobre a China, um dos países mais visados pela administração de Trump. A sinalização recente de que poderá haver um acordo entre os dois países trouxe certo alívio, mas não o bastante para impedir a alta do dólar na semana — após ameaçar alguns países e voltar atrás, Trump manteve a imposição de tarifas de 10% contra o gigante asiático.

Ainda no cenário internacional, os mercados acompanham os desdobramentos da guerra da Ucrânia. EUA e Rússia lideram conversas para tentar encontrar soluções para o fim do conflito, um movimento ainda encarado com certa dúvida pela comunidade global — Kiev não participa das discussões.

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Os EUA também reservaram na semana uma importante divulgação, a ata da última reunião do Fed, o banco central americano. No documento, além de citar os temores para a inflação a partir dos conflitos geopolíticos, o Fed destacou as tarifas de Trump como fonte de preocupação para os preços da economia. A autoridade também destacou que não tem pressa para realizar novos cortes de juros, o que inibe a demanda dos investidores por ativos de maior risco.

Na cena local, os investidores acompanharam as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a proposta de isenção de imposto de renda até R$ 5 mil. O ministro busca avançar com o tema junto ao Congresso, em uma batalha difícil, observando que a questão central é encontrar uma compensação fiscal para sustentar a renúncia tributária. O movimento é essencial, do ponto de vista do mercado, para indicar que o governo terá minimamente compromisso com o controle das contas públicas.

Para a próxima semana, investidores se preparam para uma série de indicadores relevantes, como o índice de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador de inflação preferido pelo Fed para balizar sua política monetária. No Brasil, os investidores vão acompanhar de perto os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), “prévia” do principal indicador de inflação do país, de feveiro, além de dados de emprego de janeiro e a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024.

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