Apesar do petróleo, dólar avança e Ibovespa atinge novo recorde histórico
Estados Unidos e Irã estão próximos de acordo nuclear que aumenta oferta de petróleo; vendas do varejo brasileiro batem recorde

Nesta quinta-feira, 15, o dólar fechou em alta de 0,83%, cotado a 5,68 reais, enquanto o Ibovespa renovou seu recorde e registrou alta de 0,66% no fim do pregão, aos 139.334 pontos. É a primeira vez na história que o principal índice da B3 encerra acima dos 139 mil pontos. Hoje, os negócios se movimentaram, principalmente, de olho nas divulgações de índices macroeconômicos nos Estados Unidos e no Brasil.
No cenário internacional, as atenções se voltam ao índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Segundo dados publicados pelo Departamento do Trabalho do país, a inflação ao produtor caiu 0,5% em abril, uma queda inesperada pelos especialistas. A baixa no índice acende a esperança no mercado de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, possa adotar uma postura menos agressiva na condução da política monetária ao flexibilizar a taxa de juros.
A isso se soma o anúncio dos EUA, que afirma que está próximo a um possível acordo nuclear com o Irã. O objetivo é liberar o embargo de petróleo que pesa há décadas sobre o país do Oriente Médio. A perspectiva de um aumento na oferta global do combustível provocou queda nos preços do barril nesta semana: por volta das 17h30, o Brent operava em queda de 2,13%, negociado próximo de 64 dólares.
No Brasil, o destaque do dia foi o volume de vendas no comércio varejista, que avançou 0,8% no mês de março, acelerando frente à alta de 0,5% registrada em fevereiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o maior da série histórica do índice, que teve seu início em 2000.