ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Dólar cai para R$ 3,70 com intervenção maior do Banco Central

Depois de 6 altas seguidas, moeda americana opera em baixa na abertura do pregão desta segunda-feira

Por Gilmara Santos
Atualizado em 21 Maio 2018, 10h59 - Publicado em 21 Maio 2018, 10h58

O dólar abriu em queda nesta segunda-feira, 21, depois de 6 altas seguidas. Às 10h30, a moeda americana operava em baixa de 1,04%, cotada a 3,70 reais. Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,01%, a 3,73 reais, mas durante o dia chegou a bater 3,78 reais. Diante deste cenário, o Banco Central (BC) anunciou que reforçará a intervenção no mercado cambial. A ação começou nesta segunda-feira, com a oferta de 750 milhões de dólares no mercado futuro. A instituição ressalta que atuações são “discricionárias” e ocorrerão caso seja necessário.

“O dólar abriu em queda nesta segunda-feira e a Bolsa em alta, com o BC sendo mais incisivo para tentar tirar a volatilidade do mercado, mas isso não será suficiente para inverter a tendência de valorização da moeda. O viés do dólar é de alta e da Bolsa de baixa”, considera o economista Sidnei Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio.

A escalada do dólar não é exclusividade do Brasil e é resultado da perspectiva de aumento do juro nos Estados Unidos, o que atrai para o mercado americano capitais de todo o mundo e desvaloriza as demais moedas, especialmente de países emergentes.

No entanto, aqui há um agravante que é a lenta retomada econômica e as incertezas com o cenário eleitoral. “Está crescendo a percepção de que a economia não vai bem, com a retomada econômica patinando, sendo a pior de todas as crises, e as dúvidas sobre a perspectiva do futuro em relação à sucessão presidencial criam um cenário que deixa os investimentos paralisados”, destaca o economista.

A decisão do BC em elevar a oferta de swap cambial (operação no mercado futuro que equivale à venda de dólares) ocorreu no fim da tarde de sexta-feira depois de a moeda apresentar volatilidade durante toda a semana passada. Em nota, a instituição ressalta que a atuação no câmbio é separada da política monetária, ou seja, da manutenção da Selic para controlar a inflação.

Continua após a publicidade

“O Banco Central reitera que eventuais impactos de choques externos sobre a política monetária são delimitados por seus efeitos secundários sobre a inflação (ou seja, pela propagação a preços da economia não diretamente afetados pelo choque). Esses efeitos tendem a ser mitigados pelo grau de ociosidade na economia e pelas expectativas e projeções de inflação ancoradas nas metas”, diz a nota do BC.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.