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Dólar cai após suspensão de ‘tarifaço’; Ibovespa recua com aumento do IOF

Suprema Corte dos Estados Unidos alegou abuso de poder por parte de Trump; Haddad volta atrás e descartou revogar aumento do IOF

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 Maio 2025, 18h16

Em dia de noticiário marcado por decisões importantes, o dólar fechou em queda de 0,50%, cotado a 5,66 reais, enquanto o Ibovespa registrou baixa de 0,25% no fim do pregão, aos 138.533 pontos. Os mercados se movimentaram hoje de olho em novos desdobramentos em relação à guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e também em relação ao aumento de impostos anunciado pelo governo — dessa vez, de forma definitiva.

No exterior, o ambiente tem certo alívio após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de suspender parte das tarifas impostas pelo presidente Trump a partir desta manhã. A corte federal alegou abuso de poder por parte do republicano, argumento que faz com que a Justiça do país barre as alíquotas impostas indiscriminadamente, inclusive contra a China. Tarifas sobre setores específicos, como o aço, seguem valendo por terem determinações jurídicas específicas.

O Produto Interno Bruto (PIB) real dos Estados Unidos também foi divulgado hoje. Ele recuou 0,2% em ritmo anual entre janeiro e março, depois de avançar 2,4% no fim de 2024. O recuo reflete a alta nas importações e a retração dos gastos do governo. Os mercados acompanham de perto a força da economia americana, na expectativa de que haverá um crescimento sem comprometer o bom comportamento da inflação — permitindo, assim, um menor aperto monetário no país.

Também no exterior, a Nvidia divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025 ontem, depois do fechamento de mercado. A companhia registrou 44,1 bilhões de dólares em vendas no período, mesmo após as proibições do governo Trump à venda dos chips modelo “H20” para a China. Em resposta, as ações da fabricante de chips tiveram alta diária de 3,25%.

No cenário doméstico, o destaque ainda é a questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o vaivém do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na noite anterior, o ministro voltou atrás novamente e descartou revogar a medida de aumento do IOF depois de se reunir com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Haddad declarou que, sem a medida, o governo teria “poucas alternativas” para fechar as contas públicas em 2025.

Outro dado importante foi o de desemprego no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego ficou em 6,6%, o equivalente a 7,3 milhões de pessoas, no trimestre de fevereiro a abril de 2025. O resultado é 0,9 ponto percentual abaixo dos 7,5% no mesmo período do ano passado. Sempre que a economia mostra mais força, os investidores esperam implicações para a alta da inflação, o que dita o ritmo da política monetária conduzida pelo Banco Central.

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